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Passos Coelho: Não foram as medidas de austeridade que "aumentaram o risco de pobreza"

O risco de pobreza em Portugal, que tem aumentado nos últimos anos, não é na óptica de Passos Coelho uma responsabilidade do seu Governo. O ónus fica, na óptica do primeiro-ministro, para quem deixou Portugal chegar ao ponto de pedir ajuda externa em 2011.

Miguel Baltazar/Negócios
João Carlos Malta joaomalta@negocios.pt 15 de Abril de 2014 às 22:33

“O aumento do risco de pobreza não foi criado pelas medidas [de austeridade], mas pelo estado a que chegamos em 2011. E não fui eu que fui responsável. Lamento imenso que o país tenha tido a necessidade de ter um primeiro-ministro e um Governo que tivesse de aplicar estas medidas”, disse Passos Coelho em entrevista à SIC.

 

Ainda assim, o líder da coligação que chefia o Governo diz que “não sacode do capote uma única responsabilidade”.

 

O primeiro-ministro criticou as ideias feitas que se cristalizam na sociedade portuguesa. “Às vezes criam-se ideias que não são correctas. As pessoas repetem e depois pensa-se que é verdade. Por exemplo, dizem que não fizemos nada nos consumos intermédios, mas em 2010 esses Consumos eram de 8,9 mil milhões e conseguimos baixar em 1,6 mil milhões”, avançou.

 

O primeiro-ministro disse que “esse esforço vai continuar”. “Não é possível fazer tudo num ano”, acrescentou.  Passos deu ainda o exemplo das poupanças feitas nas transferências para as fundações. “Reduzimos quase em metade o valor que era atribuído a essas fundações”, explicitou, lamentando que estas “conquistas” sejam esbatidas  por “ao longo destes três anos falarmos tanto de pensões e salários que se esquece o resto”.

 

“Não é possível fazer mais?”, disse Pedro Passos Coelho em jeito de pergunta retórica. “Não só é como vamos fazer”, garantiu.

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