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PSD: “Os portugueses não querem que o seu futuro fique nas mãos dos fanáticos do passado”
O líder parlamentar do PSD lançou diversas críticas ao PS, fazendo uma colagem do actual partido àquele que era liderado por José Sócrates. Que, diz, “é o verdadeiro líder do PS”.
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Luís Montenegro iniciou o discurso a lembrar o percurso do Governo, as melhorias económicas e a reforma o Estado, um "trabalho inacabado" mas que está "em curso". A intervenção foi mais um balanço da governação do que um comentário ao Orçamento do Estado, que era verdadeiramente a razão por que Montenegro estava a intervir – ainda que tenha havido referências, por exemplo, à redução do défice ou a subida das pensões mínimas
Mas foi já na parte final do discurso que o líder da bancada social-democrata mais conseguiu mobilizar os seus colegas. Apelidou os críticos de "derrotistas" e "cúmplices do passado" e acusou o PS de estar "perto da esquerda radical". "Desespera por eleições desde que saiu do Governo, sonha com o regresso ao poder, acha, com indisfarçável arrogância, que nem precisa de propostas", criticou. "O seu novo líder esconde-se e esconde as suas soluções. Mas está contra tudo", sublinha.
Os portugueses "percebem hoje que o PS não está preparado para governar", porque "não compreendeu o seu falhanço e não aprendeu a lição do seu passado". "Não vale a pena quererem assumir-se como pequenos ‘hollandezinhos’. Estão isolados!", assegurou. E deixou um prognóstico: "os portugueses não querem, e não vão querer, que o seu futuro fique nas mãos dos fanáticos do passado".
Montenegro disse ainda que António Costa é um "líder em transição" e que abre caminho para "o verdadeiro líder do PS", que é "José Sócrates".