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Jerónimo de Sousa promete dar atenção a Costa quando PS acertar nome e política
O líder comunista, coligado com "Os Verdes", desafiou o PS a acertar o seu nome com a política praticada, assumindo-se claramente de esquerda, para merecer a devida atenção por parte da Coligação Democrática Unitária (CDU).
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"Quando verificamos que este PS foi mais brutal nos cortes dos direitos dos trabalhadores quando foi Governo, quando olhamos para a sua proposta e o que encontramos é o despedimento mais fácil, então o desafio fica do lado do PS", afirmou Jerónimo de Sousa na quinta-feira, 24 de Setembro.
Num comício nocturno em Serpa, o secretário-geral do PCP dirigiu-se ao largo do Rato e pediu "acertem o nome [socialista] com a sua política". "Se se afirmam de esquerda, façam uma política de esquerda que, com certeza, encontrará da nossa parte a atenção merecida", prometeu, num quente pavilhão polivalente serpense, com cerca de 400 pessoas e animado pelo cante alentejano antes das intervenções.
Contudo, o excesso imprevisto de participantes no comício fez escoar o ensopado de borrego, levando a alguns lamentos: "já não há nada, é só caldo", ouviu-se entre os presentes, em tom de reclamação.
"Muitos socialistas vêm ter connosco e dizem-nos: mas o PS é um partido de esquerda, por que não se entendem com eles?", exemplificou, esclarecendo que, "ao longo da história, um partido de esquerda sempre, mas sempre encontrou como zona de fronteira com a direita os salários e os direitos dos trabalhadores".
O líder comunista afirmou que o programa eleitoral socialista tem "pseudo-propostas escondidas", como "créditos fiscais para trabalhadores pobres" e "contratos a prazo para a precariedade".
"[Os direitos defendem-se] aumentando o salário, isto é, à custa da entidade patronal, fazendo aumentar ao salário mínimo nacional e não passando a bola para a concertação social, para a decisão das entidades patronais", disse.