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Tino de Rans "muito contente" com sexto lugar nas Presidenciais
O candidato a Presidente da República Vitorino Silva (conhecido como "Tino de Rans") manifestou-se "muito contente" com o resultado eleitoral, lembrando que foi "o sexto filho, o sexto no boletim de voto e o sexto" nestas eleições.
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"Estas eleições têm uma coisa muito engraçada, sou o sexto filho, no boletim de voto eu fui o sexto e fiquei em sexto na classificação", afirmou o candidato, manifestando-se "muito contente com o resultado, muito contente, muito feliz".
Fazendo um paralelo com o futebol, o candidato afirmou que "contava ir à Liga Europa, mas fica para a próxima".
Faltando apurar apenas os resultados em duas freguesias, Vitorino Silva surge em sexto lugar com 3,29%, o que corresponde a 151.514 votos. "Tino de Rans" ficou à frente de Paulo Morais e Henrique Neto e a menos de um ponto percentual de Edgar Silva e Maria de Belém.
O candidato presidencial Vitorino Silva registou um dos seus melhores resultados no concelho de Penafiel, onde recolheu 22,7% dos votos e remeteu Sampaio da Nóvoa para a terceira posição, com 15,1%.
A jogar em casa, o candidato, natural de Penafiel, remeteu o candidato Sampaio da Nóvoa para a terceira posição. Contadas as 28 freguesias penafidelenses, "Tino de Rans" recolheu 22,7% dos votos, ao passo que o ex-reitor conseguiu "apenas" 15,1% dos votos.
Em Rans, a freguesia de onde Vitorino Silva é natural e na qual foi presidente da junta. Em mil eleitores, 60,9% votaram "Tino de Rans" e apenas 27,3% deram o seu voto a Marcelo Rebelo de Sousa. Sampaio da Nóvoa ficou-se por apenas 6,9% dos votos, com 70 votos.
Na freguesia vizinha de duas Igrejas, contudo, os eleitores também foram amigos de Vitorino Silva. Marcelo ganhou com 38,9% dos votos, mas o calceteiro ficou com 34,7% dos boletins.
Com todas as freguesias contadas no distrito do Porto, Vitorino Silva surge na quarta posição com 5,68% dos votos.

"Se tivéssemos máquina não conseguíamos chegar até aqui"
Vitorino Silva aproveitou também para agradecer às "pessoas livres" que votaram em si e que "acreditam na diferença, que acreditam no pormenor, e que de forma desinteressada ajudaram nesta caminhada, a conhecer melhor este grande país que é Portugal".
"Eu quando comecei, sozinho, não pedi ajuda a ninguém e as pessoas vieram ter comigo e tudo apareceu para que fosse possível eu hoje chegar aqui", sublinhou durante a reacção aos resultados das eleições presidenciais que se disputaram hoje.
Tino de Rans esperou pelos resultados num pequeno escritório nas Amoreiras, em Lisboa, acompanhado pela família mais próxima e por alguns amigos.
O candidato afirmou, também, que fez 12 dias de campanha "sem máquina", o que considerou ser a "força da candidatura".
"Se tivéssemos máquina não conseguíamos chegar até aqui", vincou, acrescentando que a sua candidatura "tinha um orçamento muito reduzido" e contou com a ajuda de voluntários.
"Eu já fui quatro vezes a votos e nunca tive um tostão de financiamento", frisou, acrescentando não concordar que a "lei do financiamento seja feita só para os grandes".
A partir de hoje, a "luta" do candidato será "tirar o monopólio" dos deputados aos partidos, pois, na sua opinião, "não são os partidos que mandam nos 230 lugares do parlamento, é o povo, e a sociedade civil também tem de ter assento lá".
Cerca das 21:30, o candidato telefonou o Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República eleito, para o felicitar pela vitória, tendo-o convidado a visitar a sua freguesia.
"Eu queria fazer-lhe uma visita guiada a Rans [...] o povo da minha terra também gosta de si, você ficou em segundo em Rans", disse o candidato ao novo chefe de Estado, tendo posto as suas ideias ao dispor de Marcelo.
O calceteiro despediu-se afirmando que "amanhã é dia de trabalho", advogando que só teve dispensa "a partir do momento em que a candidatura foi aprovada pelo Tribunal Constitucional".
"Porque sou um homem de trabalho, com a mesma felicidade com que aceitei estes resultados vou pegar no meu martelo e vou-me apresentar no meu posto de trabalho" amanhã, disse perante os jornalistas.
Quanto à abstenção - que se fixou um pouco acima dos 51% - Vitorino Silva culpou a comunicação social, considerando que "estas eleições foram tratadas como uma reeleição, como se Marcelo Rebelo de Sousa já tivesse ganho".
Tino pediu então que "os candidatos que aparecerem daqui para a frente sejam tratados por igual".