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Laboratórios podem suspender fornecimento de medicamentos aos hospitais
O crescimento da dívida e a ausência de um calendário de pagamento por parte do Estado levam a associação do sector farmacêutico (Apifarma) a "temer" cortes nos fornecimentos.

“A dívida tem-se vindo a agravar nos últimos meses situando-se actualmente em qualquer coisa como 1.230 milhões de euros, com um prazo de pagamento de aproximadamente 430 dias”, revelou hoje João Almeida Lopes num encontro com jornalistas.
“A partir de determinada altura e dada a dimensão enorme que esta situação tem, de uma maneira continuada, nós temos os mais fundados receios de que as empresas efectivamente a partir de determinada altura sejam incapazes de cumprir os seus compromissos ou manter a sua actividade”, reiterou.
O memorando da troika previa que até Setembro fosse estabelecido um calendário “vinculativo e ambicioso” para pagamento de dívidas aos fornecedores. Já vamos em Outubro e ainda não há calendário algum. Ao todo, o Ministério da Saúde deverá fechar o ano, de acordo com dados do próprio ministro, com uma dívida aos fornecedores de 3.000 milhões de euros. Problema ainda maior? Não há dinheiro para saldar esta dívida.