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Laboratórios podem suspender fornecimento de medicamentos aos hospitais

O crescimento da dívida e a ausência de um calendário de pagamento por parte do Estado levam a associação do sector farmacêutico (Apifarma) a "temer" cortes nos fornecimentos.

Marlene Carriço marlenecarrico@negocios.pt 20 de Outubro de 2011 às 13:58
Os hospitais estão a dever aos laboratórios farmacêuticos mais de 1.200 milhões de euros, um aumento de 23% face à dívida que existia aquando da chegada da troika a Portugal (Maio). Esta situação, e a falta de esperança na sua resolução breve, faz com que o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) já fale na possibilidade de suspensão de fornecimentos de medicamentos aos hospitais.

“A dívida tem-se vindo a agravar nos últimos meses situando-se actualmente em qualquer coisa como 1.230 milhões de euros, com um prazo de pagamento de aproximadamente 430 dias”, revelou hoje João Almeida Lopes num encontro com jornalistas.

Perante tal cenário, e a dificuldade de acesso ao crédito e a outras formas de financiamento por parte das empresas farmacêuticas, o presidente da Apifarma antevê que “algumas empresas, eventualmente as mais fracas, se vejam compelidas a eventualmente não serem capazes sequer de solver os seus compromissos em termos de fornecimentos hospitalares”.

“A partir de determinada altura e dada a dimensão enorme que esta situação tem, de uma maneira continuada, nós temos os mais fundados receios de que as empresas efectivamente a partir de determinada altura sejam incapazes de cumprir os seus compromissos ou manter a sua actividade”, reiterou.

O memorando da troika previa que até Setembro fosse estabelecido um calendário “vinculativo e ambicioso” para pagamento de dívidas aos fornecedores. Já vamos em Outubro e ainda não há calendário algum. Ao todo, o Ministério da Saúde deverá fechar o ano, de acordo com dados do próprio ministro, com uma dívida aos fornecedores de 3.000 milhões de euros. Problema ainda maior? Não há dinheiro para saldar esta dívida.

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