Numa mesa redonda com jornalistas portugueses, e referindo-se às perspectivas de retoma do mercado automóvel para os níveis pré-crise, Carlos Tavares disse que doravante "o caos é a norma". "Não se vai regressar ao período pré-crise. Não estou a dizer isto por gosto mas é o mundo caótico em que vivemos."

Nesta perspectiva, Carlos Tavares justifica que o essencial para o País é o "rigor e a disciplina". Só assim, defende, poderá Portugal competir num mundo global. 

A 31 de Março passado, Carlos Tavares assumiu, formalmente, o cargo de presidente executivo da francesa PSA. O gestor português assume funções numa altura em que a construtora automóvel luta pela sobrevivência: nos últimos dois anos a empresa teve prejuízos de seis mil milhões de euros.

A debilidade da situação financeira da PSA obrigou a família Peugeot a abrir a estrutura accionista aos chineses da Dongfeng e ao Estado francês. Com um investimento de 800 milhões de euros, cada um ficou com 14% do grupo.