Lexus LC 500

A minha embirração com o Lexus LC 500 não está no aspecto exterior. Gosto da carroçaria arrebatadora, pneus grandes e tejadilho baixo. Se tivesse que comprar um Lexus, até poderia ser este. É o mais excitante da família. Infelizmente isso não quer dizer muito.
O meu problema com o LC 500 é duplo: simplesmente não é competitivo, tendo em conta o desempenho e perícia, ao nível do preço tendo em conta a concorrência. Compare-o com o Acura NSX e o Porsche 911 e vai considerar estes modelos muito mais atractivos para conduzir. São precisos e imediatos quando vira o volante e quando pressiona o travão. São mais rápidos a agressivos: é como se antecipassem o que quer fazer.
O LC 500, pelo contrário, demora um pouco a digerir o que lhe pede e, talvez, depois comece a funcionar como deseja. Mas não tem aquela sensação visceral quando se está dentro do veículo ou a agressividade quando se mete as mudanças. É morno.
Em segundo lugar, e mais aborrecido, o interior do LC 500 é leve e de plástico. O ecrã e o sistema tecnológico é tão mau que parece o Cadillac, que é bem terrível. O Range Rover Velar é o exemplo mais excepcional do mercado hoje em dia – sim, mesmo à frente da Tesla – e deixa os controlos tácteis e o desempenho do LC 500 a anos-luz.
O "touchpad" no topo da consola central e o design com orientação vertical vai aborrecer. Na melhor das hipóteses pode-se dizer que a tecnologia é imprecisa. E certamente pouco intuitiva. Num artigo da Bloomberg Businessweek elegemos o ecrã táctil do LC 500 como o pior do mercado.