Notícia
Açoreana aumenta capital com conversão de créditos e esforço da Tranquilidade
Além dos 22,7 milhões inicialmente injectados, os americanos da Apollo, através da Tranquilidade, colocaram mais 38,6 milhões na Açoreana. O capital também foi reforçado com a conversão de dívida.
- Assine já 1€/1 mês
- 1
- ...
A Apollo, através da Tranquilidade, injectou mais capital na Açoreana. O grupo americano, novo accionista da seguradora, não se ficou apenas pela operação harmónio revelada ontem. Houve um novo aumento de capital e, além disso, conversões de empréstimos que também reforçaram a estrutura da companhia.
Operação harmónio: foi isto que a Tranquilidade começou por fazer na Açoreana, segundo anunciou na sexta-feira e o Negócios noticiou ontem. Primeiro, reduziu todo o capital social, de 135,6 milhões de euros, limpando toda a herança de prejuízos acumulados. Depois, houve um novo aumento de capital de 22,7 milhões, subscrito pelo accionista.
Esta terça-feira, 8 de Agosto, há novos dados, que mostram que a operação de capitalização da companhia seguradora não se ficou por aqui. Através da emissão de novas acções, ou seja, com a entrada de capital fresco, a Tranquilidade colocou mais 38,6 milhões de euros na Açoreana.
Para além disso, houve a conversão de suprimentos (empréstimos de sócios que não têm de ser devolvidos) de 14,2 milhões de euros e ainda a conversão de empréstimos obrigacionistas de 14,5 milhões de euros.
No final de todas as operações, o capital da Açoreana ascendeu a 89,9 milhões de euros.
Todos estes valores são revelados em entradas no Portal da Justiça e dizem apenas respeito à capitalização em curso na companhia.
Nada é dito sobre o preço de compra e venda que determinou a saída dos antigos accionistas (Soil SGPS, com 52%, e Oitante, com 48%) e a passagem para as mãos da Tranquilidade, detida pela Apollo. O número é mantido em segredo também pela ASF, a reguladora que conduziu o processo e sobre o qual sempre deu reduzidas informações ao mercado.
Entretanto, também no Portal de Justiça foi oficializada a entrada em funções dos administradores da Tranquilidade que vão assumir, para já e depois de autorização prévio do regulador, os cargos para concluir o triénio 2014/2016: Jan Adriaan de Pooter é o presidente, acompanhado por Augusto Pedroso, Nuno Clemente e Pedro Carvalho como vogais. Todos vêem da seguradora que pertencia ao Grupo Espírito Santo e que foi comprada pela Apollo no início de 2015, ficando a acumular funções nas duas companhias. Da equipa de administração fazem parte também José Gonçalves da Silva e Maurício Oliveira, que já estavam na seguradora que pertencia aos herdeiros de Horácio de Roque e ao Banif.
Segundo respondeu ontem a Tranquilidade ao Negócios, o objectivo é manter as duas empresas a funcionar em separado, apesar de estar sob o mesmo accionista (Apollo).