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Citigroup deverá pagar coima de 7 mil milhões de dólares por práticas fraudulentas nos EUA
O valor fica abaixo dos 10 mil milhões de dólares anteriormente exigidos pelo Departamento de Justiça norte-americano, mas acima dos 4 mil milhões que o Citigroup estava disposto a pagar.
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O Citigroup está perto de alcançar um acordo com as autoridades norte-americanas, colocando fim à investigação sobre a venda fraudulenta de títulos hipotecários no período anterior à crise financeira de 2008.
De acordo com a imprensa internacional, o banco pagará 7 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil milhões de euros). O valor fica abaixo dos 10 mil milhões de dólares anteriormente exigidos pelo Departamento de Justiça norte-americano, mas acima dos 4 mil milhões que o Citigroup estava disposto a pagar.
O acordo prevê, para além de uma coima de 4 mil milhões de dólares, modificações de hipotecas e outras formas de alívio para os proprietários prejudicados com este caso – atingindo-se assim o total de 7 mil milhões de dólares. O anúncio oficial deverá chegar na próxima semana, diz o The New York Times.
As autoridades americanas apertaram o cerco aos bancos, analisando as práticas que conduziram à crise financeira de 2008. São pelo menos oito os bancos que estão a ser investigados por terem enganado os investidores na venda de títulos de dívida numa altura em que os preços das casas estavam em forte queda.
No último ano, o JP Morgan aceitou pagar uma coima de 13 mil milhões de dólares. O Bank of America deverá ser o próximo na mira das autoridades norte-americanas, que já ameaçaram o banco com um processo no valor de 17 mil milhões de dólares.
Embora noutro domínio, o BNP Paribas declarou-se culpado de ter violado leis norte-americanas. O banco francês vai pagar uma coima de 9 mil milhões de dólares por ter feito transações para países da "lista negra" de Washington como Cuba, Irão e Sudão.
Por sua vez, o banco suíço Crédit Suisse acordou com os reguladores norte-americanos, em Maio, o pagamento de 2,5 mil milhões de dólares por ter possibilitado evasão fiscal a vários cidadãos naquele país. O banco suíço teve ainda de assinar, por escrito, uma confissão de culpa.