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José Guilherme perdeu 25 milhões com queda do BES mas teme perder "muito mais"
O construtor civil diz "crer" que nunca investiu em papel comercial. Mas ao longo dos anos, foi colocando o seu dinheiro em acções, obrigações e unidades de participação de sociedades do GES.
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O construtor civil, com interesses em Angola, José Guilherme defende ter colocado dinheiro em produtos financeiros associados ao Grupo Espírito Santo e que acabou por sofrer perdas. Depois de ter dado 14 milhões a Ricardo Salgado, por conselhos de investimento, José Guilherme acumulou perdas de 25 milhões de euros.
"Ao longo do tempo investi em acções, obrigações e unidades de participação de diversas entidades do GES e do BES. Com a resolução determinada pelo Banco de Portugal, já perdi cerca de 25 milhões de euros, podendo vir a perder muito mais", diz José Guilherme aos deputados, nas respostas enviadas à comissão parlamentar de inquérito.
Nesta missiva, em que critica as perguntas feitas pelos deputados, o construtor civil relata que "crê" "nunca" ter investido em papel comercial.
Na mesma carta, José Guilherme assume que tinha, em Agosto de 2014, uma dívida para com o Banco Espírito Santo de 121 milhões de euros. Neste momento, está a tentar reestruturar esta dívida com o Novo Banco, para com quem passou a ter as responsabilidades após a resolução.
Nas suas respostas, o construtor, que tem negócios centrados em Angola, conta que era cliente do BESA, onde o BES tinha 55,7% do capital, e que continua a ser cliente do Banco Económico (que resultou da reestruturação do BESA). José Guilherme defende que sempre obteve financiamentos do BESA ao longo dos vários anos e de diversos montantes, de forma normal. "Todos os financiamentos concedidos através de pedidos meus foram cumpridos".