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Machado da Cruz era administrador de "off-shores" do GES mas nada fazia
O funcionamento no GES acontecia à base da confiança, contou o contabilista da ESI aos deputados.
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O contabilista da Espírito Santo International era administrador de várias empresas "off-shore" do Grupo Espírito Santo, admitiu o próprio na comissão parlamentar de inquérito, numa audição feita à porta fechada mas de onde têm saído várias informações.
Francisco Machado da Cruz desdramatizou a existência de "off-shores", porque afirmou que era normal existirem na Suíça. Aliás, o contabilista realçou que abrir uma "off-shore" na hora custa apenas 100 euros.
O que fazia nessas sociedades veículos, cujos intuitos são desconhecidos? Aos deputados, o "commissaire aux comptes" da ESI afirmou que nada fazia.
O contabilista foi também administrador da ES Enterprises, um veículo que, segundo o Público, está a ser investigado pelo Ministério Público por ser um alegado saco azul do grupo.
A ES Enterprises, disse Machado da Cruz, é detida pela ESI. E o contabilista acreditou quando lhe disseram que aquela sociedade estava encerrada. "Nunca vi um balanço".
O GES funcionava na base da palavra e da honra das pessoas, ressalvou nas declarações aos deputados.