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Oferta de 14 milhões a Salgado explicada com “espírito de solidariedade e entreajuda”
O Banco de Portugal recebeu dois pareceres de juristas da Faculdade de Direito de Coimbra para justificar a oferta do construtor José Guilherme, avança o jornal i.
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A oferta de 14 milhões de euros do empresário José Guilherme a Ricardo Salgado foi justificada com o "bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade – com espírito de entreajuda e solidariedade".
O jornal i cita esta quarta-feira a explicação, que está num parecer do jurista João Calvão Silva, especialista em direito bancário, no parecer sobre a idoneidade do ex-presidente do BES, que foi entregue ao Banco de Portugal.
Também Pedro Maia, professor da Universidade de Coimbra (que desmentiu o Governador do Banco de Portugal quando este o citou) disse que "não se vislumbra, se quer em abstracto, em que medida ou de que forma a aceitação de uma liberalidade no âmbito de uma relação pessoal poderia valer, prospectivamente , como factor que aumentasse o risco ou tornasse até provável que a pessoa não irá no futuro efectuar uma gestão sã e prudente do banco".
Recorde-se que esta questão levou a um desacordo no Conselho Superior entre Salgado e outros membros da família e acabou por ser um dos factores que colocou o ex-CEO do BES na mira do Ministério Público.