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Fidelidade às grandes marcas da distribuição aumenta, discount fica para trás
O Continente e o Pingo Doce aumentaram a fidelização dos seus clientes em 2013. A conclusão é de um estudo da consultora Kantar Worldpanel.
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O Continente e o Pingo Doce aumentaram a fidelização dos seus clientes em 2013. A conclusão é de um estudo da consultora Kantar Worldpanel.
A marca do grupo Sonae é a que tem a taxa mais elevada de fidelização mas a insígnia do grupo Jerónimo Martins foi a única que ganhou novos clientes no ano passado. O Pingo Doce conquistou 130 mil novos lares, o que representa um crescimento de 2%. "Nas restantes insígnias não se vê um aumento", disse Sónia Antunes, directora-geral da Kantar Worldpanel Portugal.
No chamado “hard discount”, onde “encaixam” o Lidl e o Aldi, verificou-se o movimento oposto. Em 2013 registaram a quota de mercado mais baixa de sempre. A quebra em volume comprado foi de 10%.
“Seria expectável que neste contexto macro-económico o discount fosse o que mais se desenvolvesse. Acaba por ser um dos que mais sofre”, refere Sónia Antunes. Uma das justificações está nos frescos, como a carne, o peixe, a fruta e os legumes. Uma categoria que representa 40% do consumo dos lares.
Ainda que estas marcas estejam a fazer uma aposta nesta categoria de produtos “não conseguem ainda atrair os lares portugueses”, afirma. A outra razão tem a ver com o perfil do consumidor tipo destas insígnias. Pertence habitualmente a classes socioeconómicas mais baixas, que acabam por ser aquelas que têm maior redução do rendimento e por isso gastam menos, explica Sónia Antunes.
As chamadas “marcas brancas” também registaram uma quebra. A quota de mercado em 2013 fixou-se nos 40,8%, quando no ano anterior estava nos 42,5%. Uma viragem que se deve, segundo a Kantar Worldpanel, a “uma importante actividade promocional das marcas de fabricante”.