Notícia
Inapa regista prejuízos de 6,2 milhões em 2011
Grupo do qual o Estado é o maior accionista registou subida de 0,06% nas vendas consolidadas, para 986,5 milhões de euros, não conseguindo repassar aumento do preço do papel.
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A companhia consolidou resultados líquidos, após interesses minoritários, de 6,16 milhões de euros no ano passado, o que compara com lucros de 2,94 milhões de euros no final de 2010.
Os custos financeiros líquidos da empresa, acrescenta a mesma informação hoje veiculada, aumentaram 4,3 milhões de euros (ou mais 27%), passando para 20,3 milhões de euros, o que a direcção relaciona com a “crise que o sector financeiro registou”.
O EBITDA, ou “cash flow” operacional recorrente, foi de 25,2 milhões de euros, menos 8,5 milhões de euros do que em 2010. Os resultados operacionais (EBIT) caíram 6,7 milhões de euros, para 17,4 milhões de euros.
A companhia registou vendas consolidadas de 986,5 milhões de euros, um crescimento de 0,6%, devido sobretudo aos negócios complementares, que progrediram 11% - representando agora 9,3% das vendas do grupo.
Apesar do crescimento em 30 euros do preço do papel, para 1.021 euros por tonelada, “devido à retracção da procura e forte pressão competitiva registada nos diversos mercados, não foi possível repassar todo o aumento do preço do papel para os clientes finais”, reconhece a administração na nota de hoje. O que causou uma “redução da margem, que se situou nos 17,6%, menos 7,3 milhões de euros do que no ano anterior”.
Aumento de capital de 54 milhões concluído
“Não obstante os sucessivos atrasos”, a administração recorda que “em finais de Outubro” foi concluído “o processo de aumento de capital, iniciado em 2010, na ordem dos 54 milhões de euros, totalmente destinado à amortização de dívida do grupo”. O reforço “reflecte a confiança e suporte dos accionistas e instituições financeiras ao plano de reposicionamento da Inapa”.
O capital da Inapa passou assim de 150 milhões de euros no final de 2010 para 204,17 milhões de euros um ano depois.
No exercício de 2011, o grupo conseguiu reduzir a dívida em 75 milhões de euros “tendo um terço da redução sido efectuado com recurso a fundos gerados pela actividade operacional do grupo”.