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Benfica encaixou 40,7 milhões de euros com vendas de Witsel e Javi Garcia
Clube da Luz obteve lucros de 24,2 milhões de euros no primeiro trimestre, beneficiando com a venda dos passes de dois atletas. O valor dos dois negócios ascendeu a 60 milhões de euros, mas o Benfica apenas registou proveitos de 40,7 milhões de euros nas contas.
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A Benfica SAD fechou o primeiro trimestre fiscal (entre Julho e Setembro) deste ano com lucros de 24,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 60,8% face ao mesmo período do ano passado.
Este forte aumento ficou a dever-se sobretudo ao crescimento das receitas com a venda de passes de jogadores, já que neste período o clube alienou Javi Garcia ao Manchester City e Witsel ao Zenit. Vendeu ainda mais dois jogadores: Yartey e Emerson para o Sochaux e Trabzonspor.
No comunicado com a apresentação de resultados, o Benfica reitera que tinha 100% dos passes dos médios, tendo a venda do belga sido concluída por 40 milhões de euros e do espanhol por 20 milhões de euros.
Contudo, na rubrica de proveitos com alienações de direitos de atletas, foram registados 40,7 milhões de euros, que dizem respeito à venda dos quatro atletas. Um valor distante dos 60 milhões de euros que correspondem ao montante da venda de Witsel e Javi Garcia.
O Benfica salienta que os proveitos registados nas contas, com as vendas de jogadores, “encontram-se deduzidos das verbas proporcionais a entregar a terceiras entidades no âmbito de contratos de partilha de interesses económicos, assim como incluem o efeito da actualização financeira tendo em consideração os planos de recebimento e pagamento estipulados”.
Reitera também que detinha 100% dos direitos económicos dos dois jogadores e salienta que para as transferências de Witsel e Javi Garcia “foram acordados prazos de recebimento de curto prazo, tendo a maior parte dos valores sido recebidos neste trimestre”.
A transferência de jogadores no início desta época motivou uma troca de acusações entre o Porto e o Benfica, devido aos valores anunciados nos negócios de Witsel por parte do Benfica e e Hulk do Porto.
Quanto às restantes rubricas das contas do Benfica, os resultados operacionais subiram de 18,6 para 28,6 milhões de euros. Os proveitos operacionais desceram 35,5% para 17 milhões de euros e os custos operacionais baixaram 10,8% para 18,8 milhões de euros.
Sem ter em conta as transacções de atletas, o Benfica apurou um resultado operacional negativo de 1,8 milhões de euros, contra um valor positivo de 5,2 milhões de euros no período homólogo.
O capital próprio regressou a valores positivos, atingindo 9,7 milhões de euros no primeiro trimestre.
“Esta situação está directamente relacionada com ajustamentos nos critérios utilizados no reconhecimento em proveitos dos prémios da Liga dos Campeões e com o facto de o Benfica não ter participado na 3ª pré-eliminatória e no play-off dessa mesma competição na época 2012/2013”, refere o Benfica em comunicado.