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As empresas cotadas e públicas que vão a votos este ano
As empresas cotadas que vão a votos este ano valem, no mercado bolsista, cerca de 5 mil milhões de euros. Saiba quais são.
CTT

Francisco Lacerda saiu dos CTT em 2019, mesmo antes de terminar o mandato. Em maio sucedeu-lhe João Bento, ligado ao principal acionista da empresa, a Manuel Champalimaud SGPS, mas para completar o seu mandato. Agora volta a ter uma assembleia eletiva, que nomeará todo o conselho de administração. E já é conhecida a saída do atual presidente não executivo, António Gomes Mota, que será substituído na função de "chairman" por Raúl Galamba de Oliveira. João Bento tem via aberta para continuar a ser o CEO.
Sonaecom

Atualmente são apenas quatro os administradores da Sonaecom. Ângelo Paupério é preside do conselho. Esta é uma empresa do universo Sonae que não deverá ter muitas mudanças. Mas Paupério assumiu funções não executivas nas outras empresas do grupo da família Azevedo. A Sonaecom é uma gestora de participações.
Cofina

Paulo Fernandes é o presidente da empresa de media (dona do Negócios) desde que foi criada. E aí se deverá manter, agora com o desafio de concluir o processo de compra da Media Capital e de realizar um aumento de capital na Cofina de até 85 milhões de euros para financiar a aquisição da dona da TVI.
Altri

A Altri decidiu em 2015 mudar o modelo de gestão. Passou, então, a ter dois CEO: João Borges de Oliveira e Paulo Fernandes. Este ano haverá eleições em todas as empresas coladas pelo mesmo núcleo de acionistas: Paulo Fernandes, irmãos Borges de Oliveira, Ana Mendonça e Vieira de Matos, o mesmo da Cofina, Altri e Ramada. Não se esperam mudanças. Atualmente o conselho de administração da Altri é composto por 7 elementos. Laurentina Martins e José Archer são os dois únicos que não fazem parte do núcleo acionista.
Reditus

Francisco Santana Ramos é o CEO da Reditus desde 2012. O principal acionista, Pais do Amaral, com 24,74%, continua a dar-lhe o voto de confiança. O gestor fala em "trabalho árduo mas motivador, não apenas pelos desafios, mas acima de tudo pela vontade de construirmos um projeto com futuro, inovador e ambicioso".
Glintt

Corticeira Amorim

A estrutura acionista é estável e António Rios Amorim um líder que não tem sido contestado. O seu mandato terminou no final de 2019, e, por isso, a assembleia-geral deste ano da Corticeira Amorim será eletiva. António Rios Amorim preside à empresa desde 2001. Quando o tio Américo Amorim lhe passou a função, Rios Amorim tinha 33 anos. A assembleia-geral que irá realizar-se este ano será a primeira eletiva depois da morte de Américo Amorim, falecido em julho de 2017. Rios Amorim tinha sido eleito para o atual mandato em abril desse ano.
Ramada

A Ramada já mudou de nome, mas mantém o presidente. João Borges de Oliveira é o seu líder executivo desde 2008, e aí deverá continuar. O núcleo acionista da Ramada é o mesmo da Cofina (dona do Negócios) e da Altri. Paulo Fernandes, Domingos Vieira de Matos, Pedro Borges de Oliveira e Ana Mendonça completam a gestão.
Porto

Poderá vir a ser o 15.º mandato de Jorge Nuno Pinto da Costa à frente do Futebol Clube do Porto. Já há uma Comissão de Apoio à Candidatura e o próprio já admitiu poder continuar se essa for a vontade dos sócios. Foi reeleito em 2016 com 79% dos votos, o que foi considerado uma "magra" votação depois de no mandato anterior ter garantido 99%. Pinto da Costa foi eleito presidente do Porto, pela primeira vez, em 1982. As eleições deste ano estão marcadas para 18 de abril.
Vista Alegre

A Vista Alegre Atlantis tem Nuno Marques como presidente da empresa desde março de 2017, sendo o seu mandato renovado anualmente. Pelos estatutos, a empresa elege o conselho de administração anualmente, podendo haver lugar a renovação. É o que tem acontecido, desde 2017, com Nuno Marques.
Benfica

O mandato de Luís Filipe Vieira termina em junho, mas as eleições só deverão acontecer em outubro. Pelo menos foi nesse mês que as últimas se realizaram. Em 2016, Luís Filipe Vieira foi reeleito com 95,5% dos votos. A lista era única e o atual presidente garantiu o quinto mandato à frente do clube da Luz. A primeira vez que foi eleito aconteceu em 2003. Agora, voltará às urnas no clube, o que decidirá a presidência da SAD. Mas desta vez poderá ter concorrência, nomeadamente a do ex-vice-presidente do clube, Rui Gomes da Silva.
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2020 é ano de assembleias gerais eletivas em 11 cotadas nacionais, um número bem inferior ao registado ano passado, em que decorreram assembleias gerais eletivas em empresas que representavam metade da capitalização bolsista da bolsa portuguesa.
Considerando apenas as que integram o PSI-20, só quatro terão assembleias eletivas este ano: Altri, a Corticeira Amorim, os CTT e a Ramada, valendo, juntas, 3.157 milhões de euros. As restantes cotadas que vão a votos representam mais 1,8 mil milhões de euros. As 11 cotadas que vão a votos valem, no mercado bolsista, cerca de 5 mil milhões de euros.
Nas empresas com capital público este será um ano de eleições em nove companhias. Os ministros Mário Centeno, Pedro Nuno Santos, João Pedro Matos Fernandes e Augusto Santos Silva terão as tarefas mais pesadas.
Veja na galeria em cima as cotadas que têm eleições este ano. Na galeria em baixo encontra as empresas públicas que vão ter novos mandatos em 2020.
Parpública

A "holding" pública chegou a estar nos planos de extinção do Governo de Passos Coelho, em plena intervenção da troika. Depois adquiriu novo lugar na gestão de participações públicas e ganhou importância como consultora. Miguel Cruz foi o escolhido pela equipa de Mário Centeno para reorganizar as funções da Parpública, saindo do IAPMEI para esta "holding". A sua renovação para novo mandato estará em cima da mesa.
AICEP

Luís Castro Henriques assumiu a presidência da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal em 2017, sucedendo a Miguel Frasquilho. O seu nome volta a estar em cima da mesa para reeleição, mas o próprio diz que essa decisão cabe ao Governo. Já disse, no entanto, que "gosta da função".
Parque Escolar

O Governo nomeou na semana passada o novo conselho de administração da Parque Escolar para o mandato 2020-2022. Filipe Alves da Silva sucede como presidente a Luís Flores de Carvalho, sendo que já desde 2013 que integrava o conselho de administração da empresa como vogal. Compõem ainda o novo conselho os vogais Sandra Rodrigues e Luís Andrade.
Águas de Portugal

João Nuno Mendes foi nomeado já pelo Executivo (o primeiro) de António Costa e do seu ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. Terminou o mandato em 2018, mas a sua função de presidente da Águas de Portugal prolongou-se. Até que o gestor resolveu sair, em novembro do ano passado, ainda sem ter sido substituído. A AdP está sem presidente.
Portugal Ventures

O mandato da Portugal Ventures termina este ano, mas Rita Marques foi chamada antes para o Governo. A PV manteve-se com dois executivos, permitido pelos estatutos. Segundo o Ministério da Economia, a administração é nomeada pelo Conselho Geral e de Supervisão, ratificada em assembleia-geral, não decorrendo da indicação direta da tutela.
Sofid

O mandato do conselho de administração da Sofid tinha terminado em 2018. A meio do ano passado António Rebelo de Sousa foi reconduzido como presidente não executiva da instituição, para um mandato que termina em 2021. Mas há três membros executivos: Marta Mariz, Bernardo Ivo da Cruz e Sara Ribeiro.
Transtejo

Marina Ferreira, que presidiu à administração do Porto de Lisboa, foi escolhida para presidente da Transtejo e Soflusa em 2017, tendo o seu mandato terminado em 2019. Integra ainda o conselho de administração da Transtejo, que é tutelada pelo Ministério do Ambiente, o vogal Luís Maia. A empresa lançou este mês o concurso para a compra de 10 novas embarcações 100% elétricas.
ENSE

Em 2018, surgiu e ENSE pela conversão da antiga ENMC. Filipe Rodrigues Meirinho manteve-se à frente da nova empresa. Segundo informação no site da ENSE, o mandato de três anos começou em 2017. Mas faltam preencher mais dois lugares de vogais, que preveem os estatutos da ENSE, entidade para o setor energético.
Portos

Agora com a tutela dos portos, Pedro Nuno Santos terá de nomear novas administrações para Lisboa, Sines e Leixões. Os mandatos dos conselhos liderados por Lídia Sequeira, José Luís Cacho e Guilhermina Rego, que foram escolhidos pela ex-ministra do Mar Ana Paula Vitorino, terminaram no ano passado, cabendo agora ao ministro das Infraestruturas indicar a nova gestão. Em Lisboa o desafio continuam a ser as greves dos estivadores. Já em Sines estão em curso novos investimentos.