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BCP pretende começar a reembolsar o Estado em 2014
Nuno Amado pretende pagar até 750 milhões de euros em 2014 e confirmou que o BCP vai dispensar cerca de 600 trabalhadores.
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Em entrevista à TVI24, o CEO do banco, nuno Amado, Afirmou que a intenção do BCP passa por começar a pagar em “meados de 2014, para terminar em 2016”, sendo que a primeira tranche deverá oscilar entre 500 e 750 milhões de euros.
Amado admitiu que os resultados “de 2012 não serão bons”, mas recusou comentar as previsões do BPI, que apontam para perdas de 800 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.
Na mesma entrevista à TVI24, o CEO do BCP confirmou que “infelizmente terei de dispensar umas largas centenas de pessoas”. Ainda que os números não estejam fechados, adiantou que o objectivo passa por eliminar 600 empregos.
“O banco reduz normalmente cerca de 200 pessoas por ano. Neste momento devido à nossa estrutura pesada, temos de acelerar isso. Mas vai ser um processo correcto, transparente e de justiça social”, garantiu.
Amado criticou a reduzida flexibilidade do mercado de trabalho em Portugal. “É um crime para a economia portuguesa não termos um regime como outros países têm, que permite uma maior flexibilidade”, atirou.
O CEO do BCP falou ainda das reformas dos antigos gestores, revelando que foi o banco que pagou a pensão do anterior presidente, Jardim Gonçalves. “As reformas dos ex-administradores foram integralmente pagas pelo BCP”, disse, contrariando a afirmação do ex-líder, que garantiu que a sua reforma “não custa nada ao banco”. Notícias recentes revelam que o valor da reforma de Jardim Gonçalves ronda os 175 mil euros por mês.