A Caixa Geral de Depósitos registou um lucro de 51,9 milhões de euros em 2017, anunciou Rui Vilar, presidente da administração da instituição financeira. No ano anterior, o banco público tinha apresentado um resultado líquido negativo de 1.859 milhões de euros, motivado pelas imparidades de 3.000 milhões que foram constituídas antes da capitalização estatal.
O regresso aos resultados líquidos positivos antecipa em um ano aquilo que estava acordo pelo Estado português e a Comissão Europeia.
Segundo o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a actividade doméstica continua a apresentar perdas, com resultado líquido negativo de 175,9 milhões de euros, enquanto a actividade internacional apurou lucros de 227,8 milhões de euros.
Em termos consolidados, a margem financeira do banco comandado por Paulo Macedo disparou 19% para 1.241 milhões de euros no ano passado, em termos homólogos, um resultado que se deve à redução do custo dos depósitos e ao cancelamento dos CoCos.
Já as comissões bancárias cresceram 3% para 464,9 milhões de euros, ainda que Paulo Macedo refira que "a Caixa ainda não recuperou os níveis de cobrança de comissões de 2015". Operações financeiras impulsionam Os resultados de operações financeiras deram um grande impulso aos lucros, já que passaram de 77 milhões em 2016 para 216 milhões de euros no ano passado. "Os ganhos reflectem sobretudo a trajectória positiva dos instrumentos derivados, na sequência da adequada gestão de instrumentos de cobertura de risco e da evolução das taxas de juro". O produto bancário ficou em 1.965 milhões de euros, 38% acima do período homólogo. Já os custos recuaram 5,6% para 1.103 milhões de euros, incluindo custos com pessoal e com quebra de gastos gerais. As provisões e imparidades afundaram: em 2016 tinham sido de 2.999 milhões de euros para, em 2017, se fixarem em 677 milhões de euros. Uma quebra de 77%. Em causa estão as provisões para vendas de actividades internacionais e ainda os encargos com os programas de diminuição de pessoal. Em termos de capital, a CGD apresentou um rácio Common Equity Tier 1 [que mede o peso dos melhores fundos] de 14%, acima dos 12,1% do final de Dezembro. Queda nos depósitos e nos créditos Os depósitos de clientes caíram 4,6%, sobretudo na actividade internacional. Em Portugal, a CGD conta com 42.319 milhões de depósitos. De qualquer forma, e seguindo uma tendência geral na banca, aumentaram em 8,5% os recursos fora de balanço, sobretudo fundos de investimentos e Obrigações do Tesouro Rendimento Variável (OTRV). Em Portugal, o crédito cedeu 7,9% para 48.779 milhões de euros, com quebras nas empresas (-14%) e nos particulares (-4,5%). O rácio de exposições não rentáveis (NPE) passou de 12,1% em 2016 para 9,3% no ano passado. (notícia actualizada às 18:23)
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A Caixa Geral de Depósitos registou um lucro de 51,9 milhões de euros em 2017, anunciou Rui Vilar, presidente da administração da instituição financeira. No ano anterior, o banco público tinha apresentado um resultado líquido negativo de 1.859 milhões de euros, motivado pelas imparidades de 3.000 milhões que foram constituídas antes da capitalização estatal.
O regresso aos resultados líquidos positivos antecipa em um ano aquilo que estava acordo pelo Estado português e a Comissão Europeia.
Segundo o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a actividade doméstica continua a apresentar perdas, com resultado líquido negativo de 175,9 milhões de euros, enquanto a actividade internacional apurou lucros de 227,8 milhões de euros.
Em termos consolidados, a margem financeira do banco comandado por Paulo Macedo disparou 19% para 1.241 milhões de euros no ano passado, em termos homólogos, um resultado que se deve à redução do custo dos depósitos e ao cancelamento dos CoCos.
Já as comissões bancárias cresceram 3% para 464,9 milhões de euros, ainda que Paulo Macedo refira que "a Caixa ainda não recuperou os níveis de cobrança de comissões de 2015".
Operações financeiras impulsionam
Os resultados de operações financeiras deram um grande impulso aos lucros, já que passaram de 77 milhões em 2016 para 216 milhões de euros no ano passado. "Os ganhos reflectem sobretudo a trajectória positiva dos instrumentos derivados, na sequência da adequada gestão de instrumentos de cobertura de risco e da evolução das taxas de juro".
O produto bancário ficou em 1.965 milhões de euros, 38% acima do período homólogo.
Já os custos recuaram 5,6% para 1.103 milhões de euros, incluindo custos com pessoal e com quebra de gastos gerais.
As provisões e imparidades afundaram: em 2016 tinham sido de 2.999 milhões de euros para, em 2017, se fixarem em 677 milhões de euros. Uma quebra de 77%. Em causa estão as provisões para vendas de actividades internacionais e ainda os encargos com os programas de diminuição de pessoal.
Em termos de capital, a CGD apresentou um rácio Common Equity Tier 1 [que mede o peso dos melhores fundos] de 14%, acima dos 12,1% do final de Dezembro.
Queda nos depósitos e nos créditos
Os depósitos de clientes caíram 4,6%, sobretudo na actividade internacional. Em Portugal, a CGD conta com 42.319 milhões de depósitos. De qualquer forma, e seguindo uma tendência geral na banca, aumentaram em 8,5% os recursos fora de balanço, sobretudo fundos de investimentos e Obrigações do Tesouro Rendimento Variável (OTRV).
Em Portugal, o crédito cedeu 7,9% para 48.779 milhões de euros, com quebras nas empresas (-14%) e nos particulares (-4,5%).
O rácio de exposições não rentáveis (NPE) passou de 12,1% em 2016 para 9,3% no ano passado.
(notícia actualizada às 18:23)
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