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"É muito importante criminalizar todos os actos de falsificação de informação contabilística"
Sem se prolongar muito, o governador do Banco de Portugal declarou que a falsificação de informação contabilística representa uma "quebra de confiança enorme".
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Na audição parlamentar sobre o Banco Espírito Santo, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirmou que é "muito importante criminalizar todos os actos de falsificação de informação contabilística".
Essa falsificação corresponde, de acordo com o representante do regulador financeiro, a uma "quebra de confiança enorme", já que as entidades têm de respeitar o "princípio de veracidade e integridade".
Carlos Costa falava depois de terem sido detectadas "irregularidades" nas contas da sociedade do Grupo Espírito Santo, Espírito Santo International, que colocam em causa "a completude e veracidade dos seus registos contabilísticos".
"Não preparação de contas consolidadas, não contabilização de passivos financeiros de elevada dimensão, sobrevalorização de activos, não reconhecimento de provisões para riscos e contingências diversas, suporte inadequado de registos contabilísticos e transacções cuja forma não corresponde à respectiva substância", apontava o documento emitido pelo ESFG a 29 de Maio.
Não há, neste momento, quaisquer acusações sobre qualquer um dos administradores do ESFG ou de sociedades do Grupo Espírito Santo. O Ministério Público anunciou hoje que existem "inquéritos em curso" sobre o Grupo Espírito Santo.
Entretanto, relativamente ao BES, cujo principal accionista é o ESFG, o Banco de Portugal vai já analisar os comportamentos da gestão anterior liderada por Ricardo Salgado numa auditoria determinada e anunciada esta sexta-feira.