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Governo vende Gescartão acima do valor da avaliação do anterior Executivo
O ministro da Economia disse hoje que a avaliação da Gescartão que teve acesso, a partir do Executivo socialista, ascende a um máximo de 100 milhões de euros, abaixo do montante implícito nos valores definidos para a OPV da empresa.
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Carlos Tavares, durante o discurso no Parlamento no âmbito do Decreto-Lei 19/2003, citando avaliações da altura do anterior Executivo, referiu que de acordo com os «valores que tive acesso a Gescartão está avaliada entre os 95 e os 100 milhões de euros».
O preço fixado para a oferta pública de venda de parte do capital da Gescartão oscila entre os 5 e os 8 euros, segundo a Resolução do Conselho de Ministros publicada a 19 de Fevereiro, no Diário da República.
Caso o Governo venda cada acção no limite mínimo avalia a Gescartão em cerca de 100 milhões de euros. Já se vender a 8 euros por acção, que é o limite máximo, a avaliação sobe para 160 milhões de euros.
Na oferta pública de venda serão vendidas 4.996.250 acções da Gescartão, ou 25% do capital da empresa, ficando os restantes 10% destinados a trabalhadores do Grupo Portucel, pequenos subscritores e emigrantes.
O governante, em resposta à oposição, referiu que as contrapartidas da Imocapital, com estas novas medidas, são superiores ao estabelecido anteriormente.
A Imocapital terá que realizar um investimento na fábrica de papel reciclado em Viana do Castelo de 125 milhões de euros e o montante aplicável na região em Mourão será de 10 milhões de euros.
O valor actualizado líquido negativo da fábrica de Mourão era de 18 milhões de euros, segundo a mesma fonte.