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Impresa deverá falhar estimativas de resultados para 2007
A Impresa poderá falhar as estimativas de resultados para 2007, de acordo com os analistas do Caixa BI e do ES Research.
A Impresa poderá falhar as estimativas de resultados para 2007, de acordo com os analistas do Caixa BI e do ES Research.
A empresa liderada por Francisco Pinto Balsemão anunciou ontem que os lucros dos primeiros nove meses do ano cresceram 23,7% para os 8,7 milhões de euros. O EBITDA da empresa de "media" cresceu 17,4%, para 28,1 milhões de euros.
Estes resultados ficaram abaixo das previsões do Caixa BI, que apontavam para um EBITDA de 29,7 milhões de euros e um lucro de 9,9 milhões de euros. "Consideramos que dificilmente a Impresa atingirá as nossas estimativas para o final do ano, sobretudo ao nível do resultado líquido, pelo que iremos fazer um ajustamento nas nossas previsões", refere a analista Helena Barbosa.
Também a analista Sandra Sousa, do ES Research, considera difícil que a Impresa alcance as previsões de resultados e de audiências para 2007.
Pela positiva, o Caixa BI destacou o crescimento das receitas de publicidade em todas as áreas do grupo. Mas destacou como principal factor negativo a "performance da área de televisão, na sequência de níveis de audiências inferiores ao esperado e de custos de reestruturação que não tinham sido previstos".
Para o Santader, o investimento realizado pela Impresa na nova grelha de televisão "não foi compensado, se tivermos em conta que as baixas audiências de Agosto".
O Santander destaca o bom desempenho das receitas, que neste período cresceram 10,8% para os 183,2 milhões de euros. No entanto, o banco de investimento sublinha o "decepcionante" desempenho dos custos. "Os custos aumentaram mais que as receitas e implicaram um decepcionante aumento de 9,1% do EBITDA consolidado", refere o analista Pedro Balcão Reis.
O Santander vai rever as estimativas da Impresa para 2007. O banco de investimento manteve a recomendação de "compra" e o preço-alvo de 3,60 euros.
O Caixa BI manteve a recomendação de "acumular" e o preço-alvo de 2,65 euros. Já o ES Research manteve a recomendação de "neutral" com um target de 2,6 euros.
As acções da Impresa [ipr] sobem 0,78% para os 2,58 euros.