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Joe Berardo deixa de ter posição qualificada no BCP
O empresário madeirense que esteve envolvido na guerra de poder do BCP em 2007 reduziu a sua participação no banco ao não acompanhar totalmente o recente aumento de capital. Tem agora 1,75% do BCP.
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O aumento de capital de 2.250 milhões de euros do Banco Comercial Português, realizado em Julho passado, trouxe alterações à estrutura accionista. Joe Berardo, um histórico accionista, tem agora uma participação inferior a 2%.
"A participação qualificada no BCP que lhe é imputável nos termos art. 20º do CódVM foi reduzida para 1,75% do capital social e respectivos direitos de voto", aponta o comunicado emitido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Em 2007, ano em que Berardo já era accionista do banco e que vivia uma guerra de poder na qual esteve envolvido, a Fundação José Berardo e a Metalgest, sua "holding", aceitaram "imputar-se reciprocamente" as participações na instituição financeira. Agora, depois do aumento de capital, essa posição caiu para menos de 2%. Só se ultrapassar esta fasquia novamente é que Berardo tem de comunicar essa nova participação.
No final de 2013, o empresário madeirense contava com uma participação global de 2,53% no banco liderado por Nuno Amado.
Ao contrário de Berardo, o Sabadell subiu a sua participação no BCP, dos 4,27%, no final do ano passado, para 5,53%, como já havia sido anunciado. Sabe-se, igualmente, que a seguradora Ageas superou os 2% também na sequência do aumento de capital.
Num outro comunicado hoje publicado, o banco português informa ter recebido uma comunicação da gestora de activos BlackRock informando que a sua participação "seria de 2,41% do capital social do BCP".
As acções do banco fecharam esta sexta-feira, 1 de Agosto, nos 10,1 cêntimos por acção, reflexo de uma desvalorização de 5,78%.