Na comissão de inquérito parlamentar às PPP, o antigo ministro do Governo socialista de António Guterres explicou que as "PPP são um instrumento que terá que ser continuado inevitavelmente em Portugal, como é em todo o mundo", considerando que "bem utilizado é um excelente instrumento financeiro".

"O Governo de que fiz parte [enquanto ministro do Equipamento Social] tomou as decisões certas, no enquadramento certo. Não era possível prever as crises todas que têm vindo a acontecer nestes anos todos".

Questionado pelo deputado do CDS-PP Hélder Amaral sobre os riscos deste modelo para o Estado, Jorge Coelho contrapôs que "as PPP permitiram gerar crescimento económico, desenvolvimento sustentável, eficiência e reforçar a coesão territorial".

"Havia boa situação económica e financeira, perspectivas de crescimento, isto é, condições para se desenvolver este instrumento", acrescentou, dando números relativos à taxa de desemprego, o crescimento económico e ao peso da dívida de então.

Ainda assim, realçou que as PPP "não começaram" com o Governo de António Guterres, apontando os nomes de ministros do PSD que assinaram contratos de PPP.

Jorge Coelho, que recentemente deixou a presidência executiva da Mota-Engil, está a ser ouvido na comissão de inquérito às PPP, com as concessões Costa de Prata, Algarve e Interior Norte na agenda, projectos adjudicados enquanto esteve no Governo.