Notícia
Ministro da Economia garante valorizar junto da troika "autonomia e boa gestão" do porto de Leixões
O presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Matos Fernandes, renunciou ao cargo na quinta-feira e lamentou "profundamente" a "ausência de decisões nas restantes empresas do sector".
Lusa
20 de Abril de 2012 às 14:30
- Assine já 1€/1 mês
- 2
- ...

O presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Matos Fernandes, renunciou ao cargo na quinta-feira e lamentou "profundamente" a "ausência de decisões nas restantes empresas do sector".
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com a direcção da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Álvaro Santos Pereira agradeceu a Matos Fernandes "o trabalho que realizou nos últimos tempos" e afirmou que "o porto de Leixões é importantíssimo para o país e tem valorizado a região".
"No modelo portuário que está agora a ser trabalhado com a troika nós entendemos que é importante reforçar os mecanismos que valorizam a própria região", disse.
E se o porto de Leixões "é um dos pontos de valência da região, só precisamos de reforçar esses próprios meios, ao nível da autonomia e boa gestão", concluiu o ministro.
O presidente da JMP, Rui Rio, afirmou aos jornalistas ter-lhe sido explicado hoje que "a ideia de centralização (dos portos) tem a ver com o memorando de entendimento", sendo que, "neste momento, há uma negociação em que se procurará explicar as vantagens do modelo que se tem vindo a seguir" em Portugal.
A saída de João Pedro Matos Fernandes da APDL acontece num contexto de indefinição em torno do modelo de gestão dos portos portugueses, no âmbito do qual o Governo pretenderá fundir as administrações portuárias do país.
Esta decisão tem vindo a gerar grande polémica a Norte, dados os bons resultados operacionais do porto de Leixões comparativamente com as restantes estruturas portuárias do país.
No âmbito de uma visita que os autarcas da Área Metropolitana do Porto realizaram, em Fevereiro, ao porto de Leixões, Rio afirmou que "não conseguir descortinar alguma lógica" na fusão daquela infra-estrutura portuária com os restantes nacionais, acrescentando desconhecer razões para a "centralização".
Rui Rio considerou não fazer sentido "alterar a gestão de empresas lucrativas, particularmente desta, já que a concorrência é sempre um factor para elas melhorarem".