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Nascimento da "Zonae" leva Citi a subir avaliação da Zon para 2,60 euros
Numa nota de investimento intitulada “o nascimento da ‘Zonae’”, o Citi sublinha ainda que esta fusão é “operacionalmente negativa” para a Portugal Telecom.
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Esta é a reacção do banco de investimento norte-americano ao anúncio de Isabel dos Santos e da Sonaecom, na passada sexta-feira, de que iriam propor às administrações das empresas a fusão entre a Zon Multimédia e a Optimus.
Isabel dos Santos e a Sonaecom acordaram que considerariam como aceitável uma relação de troca baseada numa valorização da Zon correspondente a 150% da Optimus, sem prejuízo de considerarem uma relação de troca diferente que as administrações da Optimus e da Zon venham a considerar mais adequada.
Analisando o impacto nas acções, “a Zon pode beneficiar no curto prazo da especulação do mercado em relação a uma potencial contra-oferta”, pelo que o banco mantém a recomendação de “neutral”. Mas, sobe a avaliação para os 2,60 euros face aos 2,40 euros anteriores. A nova avaliação confere-lhe margem para cair 13,4%.
Por outro lado, “o negócio não deverá afectar o valor fundamental da Sonaecom, mas como a transforma num veículo para as acções da Zon, vemos um impacto negativo a médio-prazo e cortamos a recomendação para ‘vender’”, referem os mesmos analistas que lhe conferiam antes um “rating” de “neutral”. O preço-alvo é de 1,30 euros, representando um potencial de descida de 19,3% face à cotação actual.
“Baseada no apoio dos accionistas de controlo de ambas as empresas, esperamos que a proposta de fusão seja bem sucedida, a menos que uma oferta concorrente seja apresentada”, referem os mesmos analistas.
“No entanto, o foco do mercado deverá voltar-se para a Vodafone Portugal, que é o único operador móvel puro à parte, e que foi também apresentado como um potencial comprador da Zon pela imprensa, no início de 2012, embora não tenha feito nenhum comentário sobre qualquer movimento”, concluem os mesmos especialistas.
Contudo, o banco não acredita que a Vodafone se envolva neste negócio devido a barreiras estratégicas e práticas.
Já para a Portugal Telecom, o Citi considera que este negócio é “operacionalmente negativo”, pois um “operador alternativo com uma forte presença na rede vai limitar a vantagem da PT”. “Acreditamos que o mercado pode ver este negócio inicialmente como negativo para a PT, à qual conferimos ‘comprar’, mas deveremos ver um potencial de valorização implícito para a cotada como um deslocamento”, conclui o banco de investimento.
A equipa de analistas do Citigroup lembra que esta operação está ainda sujeita a aprovações regulatórias e que não deverá estar concluída antes da segunda metade de 2013.
O banco de investimento procedeu a pequenos ajustes de estimativas para as três empresas.
A Zon Multimédia soma 6,68% para os 3,002 euros, enquanto a Sonaecom aprecia 4,82% para os 1,61 euros.