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Ongoing vende 23,13% da Impresa por 50 milhões

Empresa de Nuno Vasconcellos anunciou a saída do capital da empresa de media, colocando ponto final num conflito com quase quatro anos. A venda das acções foi feita abaixo dos preço de mercado e permitiu à Ongoing um encaixe de cerca de 50 milhões de euros.

Pedro Elias/Jornal de Negócios

A Ongoing alienou esta sexta-feira, 17 de Janeiro, quase toda a posição que detinha no capital da Impresa, anunciou a companhia de media em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

 

A empresa alienou 38.857.390 acções da Impresa, que representam 23,13% do capital da companhia. Permanece anda com uma posição residual, inferior a 2%. O comunicado não revela o valor a que os títulos foram alienados, mas o Negócios apurou que a venda foi efectuada a 1,30 euros. Assim, a Ongoing conseguiu um encaixe de 50,5 milhões de euros, tendo vendido os títulos com um desconto 11% face à cotação actual (1,46 euros).

 

Esta venda vem colocar um ponto final a um conflito entre a Impresa e a Ongoing, que teve inicio quando a empresa liderada por Nuno Vasconcellos tentou comprar a TVI em 2009.

 

O conflito entre as duas companhias originou processos judiciais interpostos pela Ongoing contra a Impresa, que foram entretanto perdidos em tribunal ou retirados por parte da empresa de Nuno Vasconcellos.

 

Balsemão diz que venda representa um “ponto final numa estratégia hostil” da Ongoing

 

Em reacção a este anúncio, Francisco Pinto Balsemão afirma em nota enviada às redacções que esta saída da Ongoing da Impresa “coloca um ponto final numa estratégia hostil de tentativa de controlo de um grupo de Comunicação livre e Independente” e “revela o interesse que o grupo Impresa desperta junto dos investidores".

 

A Ongoing era a segunda maior accionista do grupo Impresa, tendo entrado em rota de colisão com Pinto Balsemão, accionista maioritário, em 2009, quando o grupo proprietário do “Diário Económico” decidiu avançar com uma proposta de compra à TVI, ao mesmo tempo que matinha uma posição relevante no grupo da SIC.

 

Em 2011, a Impresa impediu a Ongoing, com 23% de capital, de ter acesso a informação privilegiada. A essa situação, Pinto Balsemão recordou que “a Ongoing é concorrente do Grupo Impresa e assumiu-se como tal”.

 

Em Julho do ano passado, a empresa liderada por Nuno Vasconcellos decidiu desistir de todos os processos que tinha em curso contra a Impresa, e respectivos administradores, bem como contra a Balseger, a Impreger e a Sojornal e ainda da acção contra Nicolau Santos, director adjunto do “Expresso”.

 

Várias destas acções haviam sido já julgadas improcedentes em primeira instância, estando ainda a decorrer os recursos de várias decisões. Desde o início dos desentendimentos entre os dois grupos, a Ongoing tinha perdido quatro acções judiciais e uma do regulador de mercado.

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