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Penedos diz entrada da CGD no capital da REN «é ideia muito feliz»
A entrada da CGD no capital da REN «é uma ideia muito feliz» do accionista Estado, disse hoje ao Negocios.pt, José Penedos, presidente da REN, adiantando que a entrada na REE está agora mais facilitada.
A instituição financeira estatal realizou, este ano, um aumento de capital de 200 milhões de euros, tendo o Estado subscrito em 160 milhões de euros com acções da REN.
Com esta operação, a CGD passou a controlar 20% do capital da empresa que gere a rede eléctrica nacional.
«A CGD tem uma dimensão e um posicionamento que interessa a qualquer empresa tê-la no seu capital social», disse José Penedos.
A entrada da CGD vai «alavancar os investimentos da REN», acrescentou Penedos ao Negocios.pt.
A REN prevê investir 150 milhões de euros no desenvolvimento da sua rede.
O Estado é titular de 45% do capital da REN, a Electricidade de Portugal (EDP)detém 30%, e a Parpública controla os restantes 5% da REN.
Redução accionista na REE pode facilitar entrada da RENA redução accionista que vai ocorrer no capital da Rede Eléctrica Espanhola (REE), homóloga espanhola, pode facilitar a entrada da REN, segundo Penedos.
As maiores eléctricas espanholas vão reduzir a sua actual posição de 10 para 5%, o que abriria a possibilidade da REN poder vir a adquirir 20% do capital da REE.
Penedos não quis pronunciar-se sobre essa possibilidade, remetendo eventuais comentários para os accionistas da REN.
No entanto, reafirmou a «necessidade de existência de uma parceria de capital» entre as duas redes eléctrica na Península Ibérica para «consolidar o mercado de energia eléctrica ibérico».
A Iberdrola, a União Fenosa, a Cantábrico e a Endesa serão obrigadas a redução a sua participação na REE.
Em Portugal, Penedos defende que faz todo o sentido a entrada de outros produtores de electricidade no capital da REN, através da redução da EDP no capital da REN.
José Penedos defende a troca de posições accionistas entre REN e REE, mas considera que «esta não é a altura oportuna para o fazer».
«É difícil pedir ao Governo que avance com esta operação antes do acto eleitoral», acrescentou Penedos ao Negocios.pt.
REN Telecom à espera de assinatura de acordo pela ONIA entrada em funcionamento da REN Telecom que vai abrir a sua rede de fibra óptica a clientes «está dependente da assinatura do contrato de revisão da concessão à ONI», disse José Penedos.
O presidente da REN assegura, contudo, que a ONI já aceitou a revisão da concessão que lhe dava exclusividade da rede da REN.
A assinatura deverá ocorrer ainda em Janeiro, acrescentou.
José Penedos não quis adiantar pormenores sobre a revisão do contrato.
A REN não reconhecia reinvidação de uso exclusivo da rede de telecomunicações pelo qual não estava a pagar.
O contrato concedia uso exclusivo de 20% da rede, sendo que os 80%, segundo defendia Penedos, não podem ser objecto de interferência da ONI.
A abertura da rede a clientes pode gerar no primeiro ano uma facturação de cinco milhões de euros à REN.