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Penedos diz entrada da CGD no capital da REN «é ideia muito feliz»

A entrada da CGD no capital da REN «é uma ideia muito feliz» do accionista Estado, disse hoje ao Negocios.pt, José Penedos, presidente da REN, adiantando que a entrada na REE está agora mais facilitada.

Bárbara Leite 17 de Janeiro de 2002 às 14:03
A entrada da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no capital da Rede Eléctrica Nacional (REN) «é uma ideia muito feliz» do accionista Estado, disse hoje ao Negocios.pt, José Penedos, presidente da REN, adiantando que a entrada na REE está agora mais facilitada.

A instituição financeira estatal realizou, este ano, um aumento de capital de 200 milhões de euros, tendo o Estado subscrito em 160 milhões de euros com acções da REN.

Com esta operação, a CGD passou a controlar 20% do capital da empresa que gere a rede eléctrica nacional.

«A CGD tem uma dimensão e um posicionamento que interessa a qualquer empresa tê-la no seu capital social», disse José Penedos.

A entrada da CGD vai «alavancar os investimentos da REN», acrescentou Penedos ao Negocios.pt.

A REN prevê investir 150 milhões de euros no desenvolvimento da sua rede.

O Estado é titular de 45% do capital da REN, a Electricidade de Portugal (EDP)detém 30%, e a Parpública controla os restantes 5% da REN.

Redução accionista na REE pode facilitar entrada da REN

A redução accionista que vai ocorrer no capital da Rede Eléctrica Espanhola (REE), homóloga espanhola, pode facilitar a entrada da REN, segundo Penedos.

As maiores eléctricas espanholas vão reduzir a sua actual posição de 10 para 5%, o que abriria a possibilidade da REN poder vir a adquirir 20% do capital da REE.

Penedos não quis pronunciar-se sobre essa possibilidade, remetendo eventuais comentários para os accionistas da REN.

No entanto, reafirmou a «necessidade de existência de uma parceria de capital» entre as duas redes eléctrica na Península Ibérica para «consolidar o mercado de energia eléctrica ibérico».

A Iberdrola, a União Fenosa, a Cantábrico e a Endesa serão obrigadas a redução a sua participação na REE.

Em Portugal, Penedos defende que faz todo o sentido a entrada de outros produtores de electricidade no capital da REN, através da redução da EDP no capital da REN.

José Penedos defende a troca de posições accionistas entre REN e REE, mas considera que «esta não é a altura oportuna para o fazer».

«É difícil pedir ao Governo que avance com esta operação antes do acto eleitoral», acrescentou Penedos ao Negocios.pt.

REN Telecom à espera de assinatura de acordo pela ONI

A entrada em funcionamento da REN Telecom que vai abrir a sua rede de fibra óptica a clientes «está dependente da assinatura do contrato de revisão da concessão à ONI», disse José Penedos.

O presidente da REN assegura, contudo, que a ONI já aceitou a revisão da concessão que lhe dava exclusividade da rede da REN.

A assinatura deverá ocorrer ainda em Janeiro, acrescentou.

José Penedos não quis adiantar pormenores sobre a revisão do contrato.

A REN não reconhecia reinvidação de uso exclusivo da rede de telecomunicações pelo qual não estava a pagar.

O contrato concedia uso exclusivo de 20% da rede, sendo que os 80%, segundo defendia Penedos, não podem ser objecto de interferência da ONI.

A abertura da rede a clientes pode gerar no primeiro ano uma facturação de cinco milhões de euros à REN.

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