Notícia
Portugal e Espanha devem adiar abertura da linha Porto-Vigo para 2015
Os Governos português e espanhol deverão "ajustar" os calendários e a abertura da linha de alta velocidade Porto-Vigo deverá acontecer em 2015, dois anos depois do previsto, disse, em entrevista à Lusa o administrador da empresa portuguesa responsável pelo projecto.
Lusa
10 de Dezembro de 2009 às 11:45
- Assine já 1€/1 mês
- 3
- ...
Os Governos português e espanhol deverão "ajustar" os calendários e a abertura da linha de alta velocidade Porto-Vigo deverá acontecer em 2015, dois anos depois do previsto, disse, em entrevista à Lusa o administrador da empresa portuguesa responsável pelo projecto.
Na altura, o ministro das Obras Públicas português, António Mendonça, disse apenas que o Governo estava a trabalhar de acordo com o calendário definido, ou seja, 2013.
Em declarações à Lusa, Carlos Fernandes, administrador da RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade disse que os dois países deverão "ajustar os calendários para que dos dois lado se possa chegar à fronteira na mesma altura".
"Os eixos têm que estar concluídos na mesma altura dos dois lados da fronteira. Não tem sentido Espanha chegar à fronteira e estar dois anos à espera de Portugal, como não tem sentido Portugal estar dois anos à espera de Espanha", afirmou.
O administrador da RAVE disse que caberá à comissão técnica, composta por entidades portuguesas e espanholas, que está actualmente a estudar a linha Porto-Vigo, definir uma nova data para a abertura desta linha que, "à partida, poderá ser 2015".
Carlos Fernandes salientou que este adiamento de dois anos "não é um acto voluntário", uma vez que está relacionado com dificuldades na obtenção da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) do troço entre Vigo e Porriño, tal como já tinha explicado o ministro espanhol.
No troço entre Vigo e a fronteira portuguesa existem dois concelhos, Porrinho e Tui, contra o trajecto delineado para a linha de alta velocidade, que vai ser revisto e negociado com as populações.
A linha Porto-Vigo terá uma extensão de 125 quilómetros, dos quais 100 quilómetros em território português.
O investimento na primeira fase, entre Braga e Valença, é de 845 milhões de euros, de acordo com a empresa responsável pelo projecto de alta velocidade português.