Notícia
"Ao Estado Português não compete defender os interesses das empresas espanholas"
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirma, num artigo de opinião publicado hoje no "Público" que o "Governo fez o que devia fazer para defender os interesses estratégicos de Portugal e da PT", e sublinha que "ao Estado Português não compete defender os interesses das empresas espanholas".
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“A PT é uma empresa muito importante para o País. E a participação da PT na Vivo é um activo estratégico de sucesso no mercado brasileiro – é mesmo a empresa de telecomunicações nº 1 no Brasil. Sucede que a internacionalização da PT e a sua presença no Brasil é absolutamente fundamental para a economia portuguesa”.
“Mas ao Estado Português não compete defender os interesses das empresas espanholas, nem interesses financeiros de curto prazo - mas sim os interesses estratégicos do País. E a verdade é que esta proposta não convenceu o Estado, não convenceu o Governo”.
No artigo de opinião, publicado no “Público”, o primeiro-ministro acrescenta que “ninguém atropelou os direitos legítimos e até compreensivos de outros accionistas. O Estado limitou-se a não permitir que os seus interesses fossem desconsiderados e ignorados e afirmou-os no quadro dos estatutos da empresa que sempre foram reconhecidos por todos os accionistas”.
“Ora o Governo – pelo menos este Governo – não abdica de nenhum instrumento disponível para defender os interesses estratégicos de Portugal. Se alguém não sabia disso, agora ficou a saber”, conclui.