Notícia
Santander quer comprar 25% das acções da sua filial brasileira
O anúncio desta oferta de aquisição surgiu um pouco antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2014, período em que o banco registou resultados líquidos de 1.303 milhões de euros.
- Assine já 1€/1 mês
- ...
O Banco Santander anunciou uma oferta de aquisição, orçada em 4,7 mil milhões de euros, sobre 25% do capital que ainda não detém na sua filial brasileira. O banco oferecerá um prémio de 20% sobre o valor do último fecho das acções em bolsa, esperando que a operação esteja concluída em Outubro deste ano.
A oferta acontece cinco anos depois de o banco presidido por Emilio Botin (na foto) ter colocado grande parte do capital do Santander Brasil em bolsa para reforçar ganhos de capital. O preço pedido agora é 33% menor do que nessa altura.
Se o Santander recuperar todo o capital detido por investidores minoritários, a instituição bancária terá de emitir cerca de 665 milhões de acções, o que equivale a 5,8% do seu capital social actual ou 4,7 mil milhões de euros.
A instituição bancária esclarece que a oferta será voluntária e não condicionada a um mínimo de aceitação.
"Esta oferta é uma demonstração da confiança do Banco Santander no Brasil e na sua filial neste mercado assim como no seu potencial de crescimento a longo prazo", explica o banco num comunicado enviado ao regulador do mercado espanhol, CNVM.
Lucros aumentam 8%
O anúncio desta oferta de aquisição surgiu um pouco antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2014. O grupo Santander obteve resultados líquidos de 1.303 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa um crescimento de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em informações enviadas à CNVM, a instituição bancária informou que o volume de crédito concedido caiu 2% em termos homólogos mas subiu 1% face ao trimestre anterior, tendo os depósitos e fundos crescido 1% e o volume de malparado descido para 5,52%.
O mesmo comunicado revela que maiores receitas, redução de custos e de provisões foram os factores que mais contribuiram para o resultado obtido. Reino Unido e Espanha foram países em destaque neste primeiro trimestre, com o lucro em território espanhol a crescer 24%, atingindo os 251 milhões de euros.