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Os accionistas da SIC, entre os quais se contam a Impresa e o BPI, aprovaram ontem, em assembleia geral, a realização de um aumento de capital até 25 milhões de euros, revelou hoje em conferência de imprensa, Pinto Balsemão, presidente da Impresa.

Os accionistas «aprovaram por unanimidade» a realização da operação que visa cumprir a nova legislação de que as sociedades comerciais não poderão deter uma situação líquida abaixo do capital social, disse aquele responsável.

A Impresa [IPR], através de Pinto Balsemão, acrescentou que os accionistas se mostraram «completamente disponíveis» para acompanhar a operação, no sentido de manterem as suas posições.

Os accionistas «acordaram em alterar os estatutos da empresa» para permitir a realização de um aumento de capital até 25 milhões de euros, «num prazo de cinco anos».

«No entanto, este ano poderá não ser necessário a realização de aumento de capital da SIC», após a venda de activos não estratégicos da Impresa, disse José Freire, responsável pelas relações com os investidores da Impresa.

Este aumento de capital que permitirá financiar a actividade da estação televisiva realizado «em tranches de 5 a 10 milhões de euros», acrescentou.

O actual capital social da SIC é representado por 25 milhões de euros.

A Impresa [IPR] espera que as receitas de publicidade subam a partir do segundo semestre de 2002, em particular na SIC, afirmou José Freire.

A SIC é controlada a 51% pela Impresa, a 15% pela televisão brasileira Globo, a 26,7% pelo BPI e os restantes 7,3% são detidos pelo próprio Francisco Balsemão, pela PortoEditora e pela Mogope.

As acções da Impresa cotavam nos 2,15 euros, a perder 0,92%.