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Sonaecom estima 25% de quota no mercado ADSL em três anos

A Sonaecom pretende controlar, dentro de três anos, um quarto do mercado de Internet em banda larga via ADSL e prepara-se para, nesse prazo, oferecer um serviço completo residencial de voz, Internet e televisão, disse Pedro Pina.

Negócios negocios@negocios.pt 26 de Novembro de 2004 às 14:58

A Sonaecom pretende controlar, dentro de três anos, um quarto do mercado de Internet em banda larga via ADSL e prepara-se para, nesse prazo, oferecer um serviço completo residencial de voz, Internet e televisão, disse Pedro Pina.

Em entrevista à agência Reuters, o CEO do Clix, fornecedor de acesso à Internet da Sonaecom, adiantou que os serviços que a empresa lançou recentemente, e que marcam o regresso do Clix ao ADSL, são apenas o início de um plano que visa tornar a Sonaecom o operador alternativo ao grupo Portugal Telecom no mercado residencial.

Adiantou que o regresso ao mercado foi possível com as alterações regulatórias que elevaram as margens do negócio, que actualmente se situam em redor dos 40% no acesso ADSL em «bitstream», 45% no «local loop» (ULL) e 16% no acesso por grosso.

No acesso por grosso, os novos operadores utilizam toda a rede da PT, no «bitstream» apenas parte e no outro modelo apenas utilizam o «last mile» de rede que chega às casas dos clientes.

A empresa também beneficiou da queda dos preços dos equipamentos de telecomunicações a nível internacional e de uma maior integração em termos de infraestruturas e operações das subsidiárias da Sonaecom: o operador móvel Optimus, o Clix e o operador fixo Novis - estes dois últimos detidos em 43,33% pela France Telecom que tem ainda 20,18% da Optimus.

«Queremos ser a empresa que liga as casas dos portugueses ao mundo. Queremos ser o operador alternativo do mercado. A quota que estou à procura é uma quota de 25% em três anos», afirmou Pedro Pina à Reuters, frisando que, nessa altura já estará a oferecer «o serviço completo» incluindo «triple-play», ou seja, voz, Internet de banda larga e televisão.

«É expectável de uma empresa como a Sonaecom, integrada na Sonae - com todas as empresas que compõem o grupo desde a Optimus à Modelo Continente - que queiramos ter o nosso espaço natural na vida dos consumidores», acrescentou sublinhando que a actuação da Anacom será importante para este objectivo.

Actualmente, o grupo PT controla cerca de 80% do mercado de acesso à Internet em banda larga e os analistas têm referido que a reentrada agressiva da Sonaecom no ADSL é uma ameaça para a PT Comunicações e PT Multimédia.

O BPI reviu mesmo a avaliação da Sonaecom em alta devido à nova oferta, baixando as da Portugal Telecom e PT Multimédia.

Em relação ao regulador do mercado de telecomunicações Pedro Pina disse que a Sonaecom está optimista em relação à nova direcção da Anacom e frisou que todos os sinais são positivos e deixam a empresa confiante de que a actuação do regulador mudou estando mais direccionada para uma verdadeira abertura do mercado.

As acções da Sonaecom seguiam a subir 0,57% para os 3,54 euros.

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