Armando Vara não queria fazer considerações sobre o livro de Cavaco Silva em que diz que José Sócrates admitira ter interferido num negócio da Caixa Geral de Depósitos. Mas acabou, em resposta ao PSD, por responder.
"Vi isso na comunicação social. Não queria fazer considerações do Presidente da República. Seria desagradável", começou por dizer, na audição desta quinta-feira, 22 de Março, na comissão de inquérito ao banco público.
Questionado pelo deputado social-democrata Hugo Soares, Vara foi mais directo: "Acho muito estranho o momento que o senhor [ex-] Presidente da República escolheu para tornar isso público". "Foi uma coincidência demasiado grande", adiantou.
No livro por si publicado, Cavaco Silva escreveu que Sócrates lhe contara "que o Governo tinha pedido à Caixa Geral de Depósitos para que concedesse uma garantia de avultado montante para que uma certa empresa pudesse concorrer à concessão da auto-estrada transmontana".
"Não estou a ver o [ex-] primeiro-ministro a fazer uma confidência dessas. Tudo me soa a estranho", disse Armando Vara, numa audição em que recusou ter conversas directas com José Sócrates relativas ao seu período na Caixa Geral de Depósitos, onde esteve como administrador entre Agosto de 2005 e Dezembro de 2007.
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