Notícia
Anulação de leilão em Dezembro "poupou" 392,5 milhões aos consumidores espanhóis
O regulador da concorrência espanhol ratificou a suspensão do leilão de electricidade de Dezembro e identifica os problemas. Fala em "valores anómalos", considerando que se este leilão tivesse tido luz verde os consumidores espanhóis pagariam uma factura extra de 392,5 milhões de euros.
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Em Dezembro foi realizado um leilão de electricidade tendo este sido anulado pela Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) que na altura considerou terem ocorrido "circunstâncias atípicas". Em causa estava a subida de 29,5% do preço grossista da energia eléctrica face ao preço do leilão realizado em Setembro. Uma evolução que ditaria um aumento de cerca de 11% nos preços cobrados aos consumidores no primeiro trimestre do ano.
Esta segunda-feira, 28 de Julho, a CNMC emitiu uma nota onde reitera a decisão tomada em Dezembro e apresenta os motivos, considerando que houve "valores anómalos" naquele leilão.
O regulador do mercado quantifica em cerca de 392,5 milhões de euros a factura adicional que os consumidores espanhóis teriam de pagar caso o leilão de Dezembro tivesse sido validado.
Os preços praticados no leilão de Dezembro estavam 137% superiores a cotação do mercado "spot" (mercado à vista). "Constituem valores anómalos", salienta o regulador na nota emitida esta segunda-feira.
Apesar das críticas deixadas, o regulador não identificou nenhum responsável pelos valores apresentados.
Em Dezembro, o Executivo liderado por Mariano Rajoy anunciou que ia determinar uma nova forma de fixar os preços da electricidade. No primeiro trimestre do ano, quem determinou as alterações dos preços foi o regulador, que emitiu uma recomendação ao Governo espanhol e que apontava para um aumento dos preços entre 1,4% e 2,9%.