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PwC diz não haver evidências de ter havido análise de risco antes do empréstimo à Rioforte

A PwC, no relatório de auditoria tornado público esta quinta-feira, "salienta que o seu trabalho foi sujeito a determinadas restrições e limitações".

Pedro Elias/Negócios
Ana Torres Pereira atp@negocios.pt 08 de Janeiro de 2015 às 22:20

No relatório de auditoria, que a PT SGPS disponibilizou esta quinta-feira, a PwC refere que não lhe foi disponibilizada "evidência de qualquer análise de risco que tenha sido efectuada antes da realização de aplicações financeiras em títulos da ESI/Rio Forte".

 

E também não obteve informação suficiente para que conseguisse provar que tinham sido "sido efectuadas consultas ao mercado por forma a determinar que as aplicações efectuadas em títulos da ESI/Rio Forte eram as mais atractivas para o Grupo PT SGPS".

 

Estas conclusões estão incluídas no aguardado relatório de auditoria, cujos principais elementos foram divulgados esta quinta-feira pela PT em comunicado à CMVM. Foi este relatório que motivou as buscas da PJ à sede da PT SGPS, no âmbito da aplicação de 900 milhões de euros da PT na Rioforte, dinheiro que nunca foi reembolsado.

 

A PwC quis ressalvar que "tendo em conta as alterações relevantes que ocorreram na estrutura de gestão e de reporte do Departamento de Finanças Corporativas da PT SGPS" existe a possibilidade "de existir outra documentação relevante sobre as aplicações efectuadas pela PT SGPS, PT Finance, PT Móveis e Bratel que estejam na posse de outros indivíduos que já não fazem parte da actual estrutura e que por essa razão não tenham sido disponibilizados".

 

A consultora, que realizou dezenas de entrevistas para redigir este relatório, diz que "algumas situações as informações prestadas pelos entrevistados ser contraditória".

 

Isto porque "muitas decisões e aprovações serem tomadas de forma informal e sem ser deixada evidência sobre quem tomou determinada decisão, ou sobre quem aprovou determinada transacção".

 

Outra da informação fundamental em falta, segundo a PwC, está relacionada com os anexos que constavam nas actas do Conselho de Administração, Comissão Executiva e de Comissão de Auditoria, nomeadamente: Extractos da contabilidade com todas as aplicações financeiras / investimento / tesouraria desde 1 de Janeiro de 2012, para todas as entidades do Grupo PT SGPS e declaração de renúncia do Dr. Henrique Granadeiro.

 

A análise da PwC foi fundamentalmente efectuada entre 13 de Agosto e 30 de Novembro e as entrevistas ocorreram entre 14 de Agosto e 22 de Novembro. A auditora não conseguiu ouvir Ricardo Salgado, "apesar dos contactos estabelecidos", refere a PwC.

 

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