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Governo: "Decisões sobre rotas da TAP cabem à comissão executiva"
O Governo não vai interferir na decisão da TAP de suspender ligações do Porto a quatro cidades europeias. O Executivo considera que o aeroporto do Porto é uma base operacional relevante, mas não é um "hub" para a companhia.
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O Governo não vai interferir na definição das rotas da TAP, designadamente as ligações a partir do aeroporto do Porto, mesmo com o Estado a reassumir 50% do capital da companhia aérea.
"As decisões sobre as rotas da TAP são da comissão executiva", afirmou ao Negócios fonte do Governo. A excepção a esta regra são as ligações aos Açores que têm natureza de serviço público.
O Executivo não pretende, desta forma, interferir na decisão tomada pela administração da TAP no sentido de suspender a partir de Março as ligações do Porto a Roma, Milão, Bruxelas e Barcelona.
Para o Governo, a aeroporto do Porto "é, estrategicamente, uma base operacional relevante, mas não é um hub".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu esta segunda-feira que a companhia portuguesa volte a definir o aeroporto Francisco Sá Carneiro como um centro estratégico da sua operação e que espera "um sinal" de mudança nesse sentido.
Em conferência de imprensa, o autarca reclamou que o Executivo dê ordens à administração da TAP para que não sejam interrompidas as ligações a partir do Porto.
Para o Governo, que agora chegou a acordo com os accionistas privados para que o Estado fique com 50% da empresa, matérias como a definição das rotas que a TAP pretende operar é uma matéria da gestão da companhia.
A administração da TAP já anunciou a intenção de passar a ter uma ponte aérea entre Lisboa e Porto, com voos de hora a hora e com preços a partir de 39 euros.