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Ações de empresas com mais mulheres executivas têm melhor desempenho
Estudo da Goldman Sachs conclui que há uma correlação positiva entre desempenho das ações e número de mulheres em cargos executivos.
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O banco de investimento Goldman Sachs apresentou esta semana aos investidores um novo conjunto de ações europeias com uma particularidade: pertencem todas a empresas com um elevado número de mulheres em cargos executivos. A instituição financeira acredita que este é um indício de melhor desempenho. De acordo com a nota publicada, desde a crise de 2008 que ter mais mulheres em cargos de topo está associado a resultados melhores das empresas no mercado bolsista.
O novo "cabaz de ações" (assim chamado por agrupar vários títulos em que se investe simultaneamente) recebeu o nome de Womenomics (GSSTWOMN Index) e inclui empresas como a Louis Vuitton, Swedbank, Nestlé ou AstraZeneca.
A maior parte das instituições que fazem parte do cabaz são francesas ou nórdicas. Em relação aos países nórdicos, o Goldman Sachs observa que se trata de uma região geográfica onde a participação feminina no mercado de trabalho tem uma longa tradição. No caso francês, isso deve-se ao sistema de quotas implementado no país.
Os analistas do Goldman Sachs observam também que a Europa tem tido mais sucesso do que os Estados Unidos, Canadá ou Japão em promover a representatividade do género feminino no mercado laboral e a igualdade salarial entre géneros, apesar de grandes disparidades entre países do mesmo continente.
O banco de investimento destaca ainda a importância cada vez maior que é dada pelos investidores a projetos com consciência social e ambiental. A comprovar este dado, uma estimativa do Citigroup indica que cerca de 50% dos fundos de investimento cotados em bolsa (exchange-traded funds) criados em 2020 na Europa, Médio Oriente e África são especializados em investimentos de cariz social e ambiental.