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Banca e energia levam PSI-20 para terreno negativo em contraciclo com a Europa
A bolsa de Lisboa perde cerca de 0,5% em contraciclo com as principais praças europeias, que atingiram um novo máximo na sessão desta sexta-feira. Apesar do sinal vermelho do PSI-20, cinco cotadas já atingiram máximos.
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A bolsa nacional inverteu a tendência positiva do início da sessão, com o PSI-20 a perder 0,43% para 6.297,91 pontos. Das 18 cotadas que compõem o principal índice nacional, 14 estão em queda, três em alta e uma inalterada.
Apesar do sinal vermelho, o PSI-20 acumula uma valorização de 4,38% esta semana, sendo a quinta consecutiva de ganhos – a mais longa série de ganhos semanais desde Fevereiro de 2014.
Em sentido contrário segue o índice que reúne as 600 maiores empresas europeias, o Stoxx600, que atingiu esta sexta-feira, um novo máximo histórico nos 412,34 pontos. O índice segue nesta altura com uma valorização de 0,68% para 411,94 pontos.
Na bolsa nacional, a banca e a energia são os sectores que mais pressionam o PSI-20. No sector financeiro, o BCP desliza 0,64% para 9,33 cêntimos, o Banif perde 1,3% para 0,76 cêntimos e o BPI cai 1,02% para 1,452 euros. Isto depois de ontem Isabel dos Santos ter proposto a inclusão de um novo ponto na ordem de trabalhos da AG de 29 de Abril. Isabel dos Santos quer que os accionistas se pronunciem já sobre a desblindagem de estatutos, uma condição essencial na OPA do CaixaBank. O objectivo pode passar por acelerar o insucesso da oferta.
Na energia, a EDP Renováveis perde 1,46% para 6,473 pontos, a EDP desliza 0,73% para 3,683 euros e a Galp Energia recua 0,04% para 11,925 euros, numa altura em que o petróleo negoceia em alta nos mercados internacionais. A matéria-prima de referência para Portugal, o Brent, sobe 1,59% para 57,47 dólares. Já a REN segue inalterada em 2,88 euros, uma cotação próxima do máximo de Março de 2014 atingido esta sexta-feira (2,9 euros).
A contribuir para a tendência negativa do PSI-20 estão também a PT, que desliza 1,78% para 60,6 cêntimos e a Nos, que perde 1,19% para 6,81 euros, depois de ter atingido esta manhã um máximo de Maio de 2008 (6,90 euros).
Novos máximos atingiram também a Semapa e a Portucel. A Portucel perde nesta altura 1,07% para 4,632 euros, depois de ter chegado a negociar nos 4,74 euros, o que corresponde a um máximo histórico. A Semapa, que também tocou num recorde (14,59 euros), está a avançar 0,86% para 14,05 euros, depois do BESI ter colocado a empresa na lista das "balas de prata" do segundo trimestre de 2015.
Além da Semapa, apenas a Jerónimo Martins e a Altri seguem com sinal positivo. A retalhista sobe 1,58% para 12,53 euros enquanto a papeleira avança 0,62% para 4,247 euros, depois de ter anunciado que vai acompanhar o movimento de subida de preço da pasta branqueada de eucalipto de fibra curta (BEKP, na sigla em inglês) que foi já anunciado pela espanhola Ence.