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BCP afunda 6% e arrasta bolsa para pior queda desde junho de 2020
O BCP foi o título que mais pressionou o índice, com um tombo de 6,60% para 0,1471 euros.
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A "maré vermelha" que invadiu esta segunda-feira as bolsas europeias e Wall Street também chegou a Lisboa.
O PSI-20, o principal índice nacional, registou a pior queda desde junho de 2020, ao cair 2,73% para 5.430,44 pontos. Das 19 cotadas, apenas a Novabase fechou no verde, com uma subida de 1,17% para os 5,18 euros.
O BCP é quem mais pressiona o índice, com um tombo de 6,60% para 0,1471 euros, a maior queda desde janeiro do ano passado, isto numa sessão em que também o banco controlado pelo BCP na Polónia está a afundar: o Bank Millennium segue a afundar 6,80%.
Os CTT foram a segunda cotada que mais perdeu durante a sessão, tendo terminado o dia com uma queda de 4,45% para 4,00 euros, a maior desde novembro de 2021. Este mergulho surge no mesmo dia em que o CaixaBank/BPI reviu em baixa (-4%) o preço-alvo da empresa, tendo sido esta a maior revisão em baixa realizada para uma empresa portuguesa pelo banco de investimento num "research" para as cotadas ibéricas.
Nas papeleiras, a Altri terminou o dia a desvalorizar 4,25% para 5,41 euros, seguida da Navigator que caiu 2,98% para 3,20 euros e da Semapa que desvalorizou 2,20% para 11,54 euros.
No setor energético, a EDP caiu 2,16% para 4,43 euros. O braço das renováveis do grupo afundou 3,53% para 18,57 euros, enquanto a Greenvolt desceu 3,28% para 5,89 euros e a Galp caiu 2,79% para 9,26 euros.
Já no retalho, a Jerónimo Martins registou uma queda de 1,79% para 20,79 euros, enquanto a Sonae baixou 1,38% para um euro.
Lá fora, o Stoxx 600 tombou 3,63% para 457,23 pontos, pressionado sobretudo pelos setores automóvel e da tecnologia, que afundaram 5,18% e 5,13% respectivamente.
O espanhol IBEX recuou 3,06%, enquanto o índice alemão DAX caiu 3,55% e o francês CAC-40 desceu 3,97%. Em Amesterdão, o índice de referência desvalorizou 3,28%, enquanto Milão cedeu 3,80%. A bolsa de Londres regista a queda mais baixa: 2,48%.
A antecipação da reunião da Fed e a possibilidade de o banco central dos EUA adotar uma política mais "hawkish" e também a possibilidade de um conflito entre a Rússia e a Ucrânia estão a marcar o dia e a afundar as bolsas.