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BCP e EDPR levam bolsa nacional a cair pela primeira vez em seis sessões
A bolsa portuguesa encerrou a sessão desta sexta-feira em queda mas, ainda assim, acumulou uma valorização superior a 4% esta semana. As bolsas europeias mantêm-se em alta e negoceiam num nível recorde.
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A bolsa nacional encerrou em queda esta sexta-feira, 10 de Abril, pela primeira vez em seis sessões. O PSI-20 perdeu 0,26% para 6.308,18 pontos, com 14 cotadas em queda e quatro em alta.
No entanto, a bolsa de Lisboa acumulou uma valorização de 4,52% esta semana, a quinta consecutiva de ganhos. Esta é a mais longa série de subidas semanais desde Fevereiro de 2014.
A praça portuguesa contrariou, desta forma, a tendência positiva das bolsas europeias que continuam a beneficiar do optimismo dos investidores, numa semana que ficou marcada por fusões e aquisições que impulsionaram os principais índices do Velho Continente. O Stoxx600, que reúne as maiores empresas europeias, negoceia num novo máximo histórico de 412,75 pontos.
"Este ano será a resposta da Europa ao que as acções dos Estados Unidos nos deram em 2013", referiu, em declarações à Bloomberg, Peter Grabry, estratega do Saxo Bank. "As empresas estão a enfrentar taxas de financiamento extremamente baixas, o euro no nível mais baixo em uma década, preços baixos do petróleo, um programa de flexibilização quantitativa [do BCE] e uma economia em crescimento. Se todos estes factores positivos não colocarem a Europa no eixo, nada o fará".
Na bolsa nacional, as cotadas que mais pressionaram o PSI-20 foram o BCP e a EDP Renováveis.
O banco liderado por Nuno Amado deslizou 1,17% para 9,28 cêntimos, em linha com a tendência do sector. O Banif perdeu 2,6% para 0,75 cêntimos e o BPI caiu 0,61% para 1,458 euros. Isto depois de ontem Isabel dos Santos ter proposto a inclusão de um novo ponto na ordem de trabalhos da AG de 29 de Abril. Isabel dos Santos quer que os accionistas se pronunciem já sobre a desblindagem de estatutos, uma condição essencial na OPA do CaixaBank. O objectivo pode passar por acelerar o insucesso da oferta.
Já a EDP Renováveis desvalorizou 1,17% para 6,492 euros, enquanto a EDP recuou 0,43% para 3,694 euros. A Galp Energia registou uma descida mais ligeira de 0,25% para 11,90 euros, numa altura em que o petróleo negoceia em alta nos mercados internacionais. A matéria-prima de referência para Portugal, o Brent, sobe 1,84% para 57,61 dólares. A REN, por seu turno, desceu 0,69% para 2,86 euros, uma cotação próxima do máximo de Março de 2014 atingido esta sexta-feira (2,9 euros).
Com desvalorizações expressivas encerraram as cotadas do sector da construção, com a Mota-Engil a deslizar 3,12% para 3,41 euros e a Teixeira Duarte a perder 1,67% para 76,5 cêntimos.
Além destas, a contribuir para a tendência negativa do PSI-20 estiveram também a PT, que deslizou 1,62% para 60,7 cêntimos e a Nos, que perdeu 0,52% para 6,856 euros, depois de ter atingido esta manhã um máximo de Maio de 2008 (6,90 euros).
Novos máximos atingiram ainda a Semapa e a Portucel. A Portucel encerrou a perder 0,6% para 4,654 euros, depois de ter chegado a negociar nos 4,74 euros, o que corresponde a um máximo histórico. A Semapa, que também tocou num recorde (14,59 euros), valorizou 1,83% para 14,185 euros, depois do BESI ter colocado a empresa na lista das "balas de prata" do segundo trimestre de 2015.
Além da Semapa, só as retalhistas e a Altri encerraram com sinal positivo. A Jerónimo Martins ganhou 2,35% para 12,625 euros, a Sonae somou 0,07% para 1,49 euros e a Altri valorizou 1,40% para 4,28 euros depois de ter anunciado que vai acompanhar o movimento de subida de preço da pasta branqueada de eucalipto de fibra curta (BEKP, na sigla em inglês) que foi já anunciado pela espanhola Ence.
(Notícia actualizada às 17h03)