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BCP sobe quase 9% na semana e prolonga o maior ganho anual da sua história
O banco presidido por Nuno Amado está a valorizar mais de 3% depois de ter encerrado a sessão de quarta-feira acima dos 15 cêntimos por acção e de ter duplicado a cotação face ao início do ano. 2013 deverá ser o melhor ano bolsista para o banco na sua história.
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Os títulos do BCP estão a valorizar 3,05% para 0,1556 euros nesta quinta-feira, dia 19 de Dezembro, mas já subiram mais de 4% para os 15,18 (valor mais elevado de 5 de Setembro de 2011) e acumulam uma valorização semanal de 8,8%. O banco encerrou a sessão de ontem acima dos 15 cêntimos pela primeira vez dia 5 de Setembro e mais do que duplicou a cotação face ao início do ano.
O banco liderado por Nuno Amado soma 107,1% desde o início do ano e prepara-se para registar o melhor desempenho bolsista desde que se encontra cotado em bolsa. O ano da maior subida é, por enquanto, 1997, quando os títulos do BCP avançaram 84%. Este ano, entre as cotadas do PSI-20, só a Mota-Engil supera o desempenho do banco.
O BCP é o terceiro banco que mais sobe entre os 47 membros do índice que agrupa os bancos do Stoxx 600, atrás do Bank of Ireland (127,2%) e do Bankinter (146,3%). Na banca nacional, o BES avança 11,7% e o BPI a progride 24,1%.
Analistas mais confiantes no pagamento ao Estado
Alguns analistas publicaram notas de investimento favoráveis ao Banco Comercial Português, demonstrando confiança crescente no reembolso do financiamento estata recebido na forma de obrigações convertíveis contingentes (também chamadas CoCos) ao Estado.
O BCP tem até Junho de 2017 para devolver até três mil milhões de euros ao Estado e evitar a transformação dos títulos em acções ordinárias. Um evento que teria como consequência a diluição das participações dos actuais accionistas.
Na terça-feira, 17 de Dezembro, o Fidentiis emitiu uma nota de análise em que subiu o preço-alvo do BCP de um intervalo de preços com valor de 8,5 cêntimos para 18,5 cêntimos. Esta quarta-feira, 18 de Dezembro, foi o BBVA a aumentar o justo-valor que atribui aos títulos de 15 para 19 cêntimos.
Ambos os bancos de investimento recomendam “comprar” as acções e acreditam que o BCP vai conseguir reembolsar o Estado até Junho de 2017, altura em que as CoCo’s se transformam em acções ordinárias se não forem liquidadas pela instituição. A previsão de que o banco irá evitar a transformação das obrigações em acções diminui o risco de diluição para os accionistas do banco.
Na quarta-feira da semana passada, dia 11 de Dezembro, as acções do Banco Comercial Português alcançaram um máximo de Setembro de 2011, ao negociarem acima dos 15 cêntimos e acumulando a maior valorização da sua história em bolsa. Na quinta-feira, 12, o Caixa Banco de Investimento emitiu uma nota de análise em que estimou o impacto da contabilização de créditos fiscais para o rácio “core Tier one” em 1,2 mil milhões de euros.
Caso Portugal adopte a prática que reina em Espanha e Itália, os bancos nacionais poderão contar os activos no balanço por impostos diferidos como activos elegíveis para os rácios de solvabilidade. Para o banco, este seria um “passo de gigante” no reembolso do empréstimo estatal, concluiu o Caixa BI.