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Correcção da EDP impede bolsa de acompanhar ganhos da Europa
A correcção das acções da Energias de Portugal impedia a bolsa nacional de acompanhar as congéneres europeias, que avançavam impulsionadas pelas telecomunicações. O PSI-20 perdia 0,25% com a Brisa a travar maiores deslizes.
A correcção das acções da Energias de Portugal impedia a bolsa nacional de acompanhar as congéneres europeias, que avançavam impulsionadas pelas telecomunicações. O PSI-20 perdia 0,25% com a Brisa a travar maiores deslizes.
O principal índice da bolsa nacional cotava nos 7.593,37 pontos com dez acções a subir, sete descidas e três títulos inalterados.
A Energias de Portugal (EDP) [EDP] perdia 1,26% para 2,35 euros, a corrigir da subida de 3,48% de ontem, que levou os títulos ao valor de fecho mais elevado desde 8 de Março deste ano. Segundo um operador «faz sentido que a eléctrica corrija o preço em que tem fechado nos últimos dias», considerando a subida «exagerada», uma vez que «não há nada público que a justifique, o que pode acontecer é que o título esteja ser puxado pelo aumento de capital». Os direitos de subscrição do aumento de capital da eléctrica começam a ser negociados amanhã.
O Estado português ficará com 20,49% do capital da Energias de Portugal (EDP) de forma directa, através da Parpública e da Direcção Geral do Tesouro, anunciou ontem o Governo. Indirectamente, através da empresa pública Caixa Geral de Depósitos, o Estado somará ainda outros 4,75% do capital da eléctrica após a operação de aumento de capital.
A Portugal Telecom (PT) [PTC] caía 0,55% para 8,99 euros. A Telefónica, parceira no Brasil da PT, cortou hoje a sua previsão de resultados para a totalidade deste ano, depois dos lucros do terceiro trimestre terem ficado abaixo das previsões dos analistas, devido ao aumento da concorrência em Espanha e no Brasil.
O sector da banca também contribuía para a queda do PSI-20 com o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] a recuar 0,54% para os 1,84 euros e o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] a deslizar 0,07% para os 13,49 euros. O Banco BPI [BPIN] seguia inalterado nos 3,15 euros.
A Brisa [BRISA] contrariava a tendência do índice com ganhos de 0,79% para os 6,38 euros. A Autostrade está a estudar a realização de uma fusão com a espanhola Abertis, parceira da Brisa, numa operação que poderá resultar numa companhia com gestão de cinco mil quilómetros de auto-estradas, noticiou o «Giornale».
A Sonae SGPS [SON] também ganhava 1,01% para um euro – um novo máximo desde Março - bem como a Jerónimo Martins [JMAR], que avançava 2,04% para os 9,50 euros. A Cimpor [Cimp] valorizava 0,48% para os 4,18 euros.
A ParaRede protagonizava a maior subida entre os títulos do PSI-20, de 2,70% para os 0,38 euros. O presidente desta empresa, Paulo Ramos, disse à agência Lusa que a empresa espera concretizar mais uma aquisição este ano, depois da compra da Damovo Portugal, e que o grupo de tecnologias de informação deverá encerrar 2004 com resultados positivos.
Fora do PSI-20 a Futebol Clube do Porto SAD registava a maior queda, de 5%, para os 2,66 euros e a Orey Antunes o maior avanço, tendo as suas acções atingido uma valorização máxima de 6,67% na sessão de hoje – igualando o máximo histórico atingido a 1 de Junho nos 3,20 euros – depois da empresa ter ontem anunciado que os lucros duplicaram e que tenciona aumentar o «free float».
Os títulos da empresa que intervém em diversas áreas de negócio caracterizam-se pela liquidez reduzida com uma média diária, nos últimos seis meses, de 1.900 acções negociadas, tendo hoje transaccionado já 6.560 papéis.