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Dow Jones perde mais de 500 pontos numa sessão pela primeira vez desde 2008 (Act.)
As acções norte-americanas sofreram quedas acentuadas e levaram os índices de referência para as acções dos EUA a registar a maior perda desde Fevereiro de 2008. O Dow Jones destacou-se por perder mais de 500 pontos.
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O Dow Jones Industrial Average perdeu 4,31% para 11.383,91 pontos. O índice eliminou mais de 500 pontos na sessão de hoje. A última vez que o índice desceu um tão grande número de pontos foi em Dezembro de 2008, na ressaca da falência do Lehman Brothers. O índice tecnológico Nasdaq depreciou 5,08% para 2.556,39 pontos. Em termos percentuais, a queda do S&P 500 e do Dow Jones foi a mais acentuada desde Fevereiro de 2009.
Na Europa a sessão também foi de fortes perdas com a generalidade dos índices a recuar mais de 3% e a bolsa de Itália a descer mais de 5%. Os juros da terceira maior economia do mundo voltaram a subir e o prémio de risco que os investidores exigem para deter a dívida do país a 10 anos em vez da alemã saldou-se em 390 pontos, fixando um novo máximo desde a introdução da moeda única.
A subida dos juros de Itália e de Espanha tem sinalizado os receios dos investidores, que receiam que a crise da dívida das economias da periferia da Zona Euro contagie países que, pela sua dimensão, serão mais resgatar do risco de incumprimento.
“É inacreditável”, disse o responsável por estratégia de mercado do Ameriprise Financial, à Bloomberg. “É o nervosismo. O aspecto emocional está a agravar-se e deixou toda a gente convencida de que as coisas não estão a correr bem”, explicou.
“A situação na Europa está a preocupar toda a gente. Tivemos o impacto do Japão ter intervido no mercado monetário” e a preferência por activos de qualidade vai aumentar, disse o responsável.
O Japão e a Suíça anunciaram hoje descidas dos juros para contrariar a subida do valor das duas divisas que são consideradas activos de refúgio pelos investidores.
Isto porque a preferência pela moedas dos dois países que têm excedentes comerciais vinha a reduzir a aumentar do valor das duas divisas, penalizando a competitividade dos seus sectores exportadores.
(Altera título da notícia e actualiza com maior detalhe)