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Queda da REN pressiona abertura da bolsa nacional
A REN reage em queda ao anúncio de compra da Portgás, enquanto as acções da EDP estão a também a evoluir em baixa.
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A bolsa nacional iniciou a semana em queda ligeira, em linha com as principais praças europeias, numa altura em que crescem os receios dos investidores com o aumento da tensão geopolítica, depois da troca de palavras entre a Rússia e os Estados Unidos devido ao conflito na Síria.
O PSI-20 abriu a descer 0,16%, com nove cotadas em alta, cinco em queda e outras cinco sem variação. Apesar do nervosismo dos investidores com a situação geopolítica, as praças europeias também marcam perdas apenas ligeiras.
Na praça portuguesa é a REN que mais pressiona o PSI-20, com uma queda de 2,36% para 2,85 euros, enquanto a EDP está também em terreno negativo, a descer 0,19% para 3,174 euros.
A empresa liderada por Rodrigo Costa anunciou na sexta-feira que chegou a acordo para adquirir a Portgás à EDP, numa operação que avalia a EDP Gás em mais de 500 milhões de euros. Para financiar esta compra, a REN vai aumentar o capital em 250 milhões de euros através de uma oferta pública de subscrição, estimando que a operação seja totalmente objecto de contrato de 'underwriting' a celebrar com Banco Santander, CaixaBI e JP Morgan".
Este acordo era, de alguma forma esperado, depois de António Mexia ter informado que estava em processo de venda da Portgás, operação que lhe podia valer 500 milhões de euros. A EDP no mês de Março já tinha comunicado a venda de outra empresa, a espanhola Naturgas, que também tinha a parte de distribuição de gás em Espanha, mas manteve nesse país a comercialização.
Ainda a contribuir para a descida do índice accionista, o Banco Comercial Português cede 0,28% para 18 cêntimos, a Jerónimo Martins cai 0,3% para 16,80 euros e a Galp Energia cai 0,17% para 14,495 euros.
A impedir uma queda mais acentuada no PSI-20 estão as acções da Nos (0,44% para 5,07 euros), Navigator (0,34% para 3,796 euros) e Mota-Engil (+0,87% para 2,20 euros).
Fora do PSI-20, a Teixeira Duarte segue estável nos 30 cêntimos. A construtora anunciou sexta-feira que fechou o ano passado com um lucro de 20,15 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 40% face ao ano anterior. A contribuir para esta redução de lucros esteve a quebra de 21% do volume de negócios para 1,1 mil milhões de euros, uma descida que foi transversal aos mercados em que opera, com o volume de negócios dos mercados internacionais a recuarem 21,6%, enquanto o português desceu 17,5%.