A bolsa nacional está a descer 2,16%, pressionada essencialmente pelas cotadas do sector da banca, EDP e Portugal Telecom, levando o principal índice português a inverter a tendência de ganhos da abertura, ao acompanhar o crescimento dos receios em torno dos países com défices elevados.

O índice principal (PSI-20) negoceia nos 7.636,48 pontos, com 19 cotadas a descer e uma a subir. As restantes praças europeias negoceiam em território positivo, sendo o espanhol IBEX e o grego FTSE/ASE 20, os únicos que estão a descer.

Os juros da dívida portuguesa estão a subir esta manhã, a acompanhar a subida dos custos de financiamento da Grécia. O juro das obrigações portuguesas a 10 anos superou os 5%, atingindo ummáximo desde 2002, com o "spread" face à dívida alemã a superar os 200 pontos base.

Na bolsa nacional a EDP cai 3,05% e é a cotada mais pressiona a bolsa portuguesa. A sua participada EDP Renováveis desce 3,65% para 5,144 euros e a REN, que gere a rede eléctrica nacional, deprecia 0,32% para 2,803 euros.

O sector da banca também contribui para as descidas, com o Banco Comercial Português (BCP) a descer 2,65% para 0,736 euros. O BES perde 2,46% para 3,53 euros e o BPI declina 2,87% para 1,762 euros.

O Negócios noticia hoje que, no espaço de pouco mais de um mês, o custo de segurar contra o risco de incumprimento do BES, BCP e CGD duplicou, atingindo o valor mais alto de sempre. O sector tem boa parte das suas necessidades de financiamento deste ano asseguradas.

A Portugal Telecom desce 1,70% para 8,11 euros e contribui para a tendência de perdas da bolsa nacional. A Zon Multimédia desce 1,37% para 3,684 euros e a Sonaecom deprecia 1,59% para 1,425 euros.



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