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Sonae Indústria afunda 49% para mínimo histórico após anúncio de aumento de capital
A Sonae Indústria fechou a sessão a perder 49% para valores nunca antes vistos, com os investidores a reflectirem na negociação o aumento de capital que será feito a um valor bastante abaixo do preço a que os títulos negociavam em bolsa.
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As acções da Sonae Indústria fecharam a sessão a cair 49,01% para 18 cêntimos, um valor que, ainda assim, fica bastante acima do preço a que a empresa vai emitir novas acções. O aumento de capital, anunciado na quinta-feira, 30 de Outubro, será realizado a um cêntimo por acção.
As acções terminaram assim no valor mais baixo desde que os títulos se estrearam em bolsa (Dezembro de 2005). Sendo que além da queda acentuada, a sessão foi marcada por uma liquidez elevada. Trocaram de mãos 1,01 milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses não chega à 224 mil acções.
Foi precisamente esta operação que os investidores estiveram a reflectir nas acções. Aliás, os títulos da Sonae Indústria estiveram a manhã toda em leilão, não se tendo efectivado qualquer transacção até às 13h30 devido à dimensão da queda. Quando as quedas das acções são superiores a 20% os limites de suspensão são prolongados, explicou ao Negócios Pedro Lino. Da DifBroker.
Ou seja, as ordens que estavam a ser dadas pelos investidores estavam a ajustar ao preço a que vão ser vendidas as novas acções no âmbito do aumento de capital. O preço fixado é de um cêntimo, o que corresponde a menos 97% do que o valor de fecho das acções na última quinta-feira, 30 de Outubro. Naquele dia, antes de ser conhecido o aumento de capital, os títulos fecharam a valer 35,3 cêntimos.
A Sonae Indústria vai realizar um aumento de capital até 150 milhões de euros, dos quais cerca de 75 milhões serão assegurados pela Efanor, de Belmiro de Azevedo. A cotada, cujo capital é constituído por apenas 140 milhões de títulos, vai emitir 15 mil milhões de novas acções nesta operação que vai permitir refinanciar quase metade da dívida.