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BESI corta preço-alvo da Jerónimo Martins de 8,40 para 7,80 euros

Os analistas do banco de investimento do Novo Banco reduziram o preço-alvo da Jerónimo Martins, sustentando esta decisão com os fracos resultados apresentados pela retalhista.

Sofia A. Henriques
David Santiago dsantiago@negocios.pt 31 de Outubro de 2014 às 14:33

A unidade de investimento do BESI manteve esta sexta-feira a recomendação de "neutral" para as acções da Jerónimo Martins. Os analistas justificam esta decisão com o facto de os riscos permanecem equilibrados, isto numa altura em que as acções da retalhista seguem a desvalorizar 3,10%.

 

Apesar de ter suspendido o plano de expansão, a Jerónimo Martins mantém que é possível atingir a meta de 3 mil espaços comerciais na Polónia (actualmente, o grupo tem 2.527 lojas neste país) mas, segundo os analistas do BESI, o ritmo de abertura de novas lojas deverá sofrer um abrandamento.

 

Ainda assim, a unidade de investimento do BESI acredita que esta decisão acabará por reforçar as margens e os números de vendas.

 

Numa perspectiva mais positiva, os economistas acreditam que a Biedronka terá melhores resultados em 2015, beneficiando da subida gradual da inflação, que deverá, contudo, continuar abaixo da subida dos custos opex.

 

No entanto, os obstáculos para a filial polaca da dona do Pingo Doce deverão aumentar em 2015, apesar de os analistas do BESI estarem confiantes de que a perda de competitividade da retalhista não venha a ser afectada pelos custos opex que deverão permanecer entre 2% e 3%.

 

O BESI cortou mesmo a previsão de lucros por acção, em 2014, em 4% para os 51 cêntimos, estimando uma queda de 8%, em 2015, para os 48 cêntimos.

 

O BESI também reviu em baixa as estimativas para o EBITDA da Biedronka, essencialmente devido aos fracos resultados apresentados no terceiro trimestre. Estimam agora uma quebra de 100 pontos base, em 2014, para os 6,8% e de 60 pontos base, em 2015, para os 6,2%.

 

No entender dos economistas do BESI, a estratégia da retalhista portuguesa para o mercado polaco será crucial para perceber a capacidade de melhoria entre a margem de investimento e as vendas LfL (parque de lojas a perímetro comparável, sem contar com aberturas e encerramentos).

 

Nesse sentido, o BESI nota que o volume de vendas da Biedronka no terceiro trimestre cresceu apenas 1%, isto apesar de a margem de investimento ter sido superior ao esperado, da introdução de pagamento automático e do recuo do sentimento deflacionista.

 

Assim, o BESI cortou o preço-alvo da Jerónimo Martins de 8,40 para 7,80 euros, depois de nova revisão em baixa das perspectivas da Biedronka e da decisão da retalhista de reduzir o plano de investimento para o mercado polaco. Tendo em conta a cotação actual da retalhista de 7,03 euros, o novo preço-alvo atribuiu um potencial de valorização às acções da empresa de 10,95%.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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