Notícia
Goldman Sachs acrescenta EDP à "lista de convicção" de "venda"
O banco de investimento norte-americano desceu o preço-alvo da eléctrica nacional e incluiu os títulos na “lista de convicção” com recomendação de “vender”. Já a REN viu a sua recomendação inalterada após as mudanças no mercado eléctrico da Península Ibérica.
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O Goldman Sachs terminou esta quarta-feira a avaliação do impacto das alterações ao mercado eléctrico nacional que já tinha comentado na terça-feira. O custo de diferentes medidas anunciadas pelo Governo português vai oscilar entre 35 e 65 milhões de euros. O impacto global das alterações instituídas na Península Ibérica ascende a 300 milhões.
Assim, o banco reduziu o preço-alvo da EDP de 2,4 para 2,15 euros por acção e alterou a recomendação de “vender”. Além disto, acrescentou os títulos à “lista de convicção”. A decisão é justificada pela perspectiva de endividamento, que poderá obrigar a cotada a reduzir a política de dividendos de 0,185 euros anuais por acção.
A divulgação do Orçamento do Estado português e os detalhes dos cortes da remuneração em Espanha podem desencadear quedas nas acções da EDP. “Também identificamos um risco de execução do programa de venda de activos da EDP”, lê-se na nota de análise.
O banco também receia que a persistência do défice tarifário, “durante alguns anos”, leve o Governo a tomar medidas adicionais que prejudiquem a eléctrica.
Avaliação da REN desce mas recomendação continua em “neutral”
O banco de investimento também reviu em baixa o preço-alvo da REN, que passou de 2,50 para 2,30 euros por acção. A recomendação continua a ser “neutral” já que os analistas não identificam alterações significativas aos resultados da gestora da rede eléctrica nacional.
“A nossa previsão de fracos resultados e um endividamento elevado já se encontra reflectido no preço das acções da REN, na nossa perspectiva”, refere o banco.
Os títulos da EDP encerraram a sessão a desvalorizarem 2,14% para 2,468 euros e os da REN avançaram 0,55% para 2,192 euros. A avaliação do Goldman Sachs confere um potencial de desvalorização de 4,9% à eléctrica e uma margem de subida de 12,9% à gestora da rede, excluindo o pagamento de dividendos.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.