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Euro desvaloriza 0,5% com medo que crise da dívida se estenda à Itália
Moeda única desce a mínimo de duas semanas, mesmo com a reunião marcada entre as mais altas autoridades das Finanças da Zona Euro.
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A moeda única europeia desliza 0,53% para transaccionar a 1,4189 dólares. A tendência durante o dia de hoje tem sido de descida, tendo já tocado nos 1,4176, valor que não era marcado desde o final de Junho.
Contudo, o corte de “rating” da Moody’s a Portugal, na terça-feira, levou a que o euro depreciasse. Caiu em três das cinco sessões da semana passada e começou esta semana também a cair.
Os últimos desenvolvimentos devem-se à intensificação dos receios de que a Itália possa ser a próxima vítima numa crise que já levou ao resgate da Grécia, da Irlanda e de Portugal.
“A Itália é uma economia muito grande, e se assistirmos, de facto, a um contágio à Itália, então o Banco Central Europeu, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional vão precisar de pensar num plano totalmente diferente para lidar com isso”, disse à Bloomberg Khoon Goh, chefe da economia de mercado no ANZ National Bank.
Hoje, antes do encontro mensal dos ministros das Finanças europeus, haverá uma reunião, que deverá discutir a situação na Grécia, entre o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Juncker, líder do Eurogrupo, e ainda o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Olli Rehn.
A incerteza na Europa leva o euro a desvalorizar, mesmo apesar de os Estados Unidos estarem igualmente numa posição delicada. Depois de ter sido anunciada uma taxa de desemprego de 9,2%, a mais alta dos últimos nove meses, voltou a intensificar-se o receio de um incumprimento, já que Republicanos e Democratas ainda não se entenderam sobre o aumento do limite da dívida.