As Euribor caíram ontem após seis dias de escalada. Hoje, as taxas interbancárias estão inalteradas, relativamente a ontem, em todos os prazos.

O alívio das taxas acontece numa altura em que a maioria dos economistas aponta para mais dois aumentos da taxa de juro da Zona Euro até ao final do ano, nomeadamente em Julho e Outubro.

O avanço da inflação tem levado os bancos centrais a subirem as taxas de juro, como forma de combate ao aumento da inflação. Em Abril, o BCE subiu a taxa de juro de referência do valor mínimo que registada, 1%, para 1,25%. A instituição já não procedia a uma subida desde o Verão de 2008.

A perspectiva dos economistas e analistas é de que, até ao final do ano, o BCE irá elevar a taxa de juro ao nível de 1,75%. A especulação tem influenciado o desempenho das Euribor, que têm vindo a registar subidas sem tecto.

No início de Maio, Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, assinalou que não se tratava de uma corrida para subir os juros o mais rápido possível, alertando que apenas os subiria quando a autoridade monetária considerasse necessário. Nesse seguimento das declarações, o comportamento das Euribor tem registado algum abrandamento.

No curto prazo, a taxa a três meses manteve-se estável para 1,434%, depois de seis sessões de ganhos. A Euribor a um mês também não registou alterações e situou-se nos 1,245%.

A seis meses, o indexante manteve-se inalterado nos 1,716%, e é a única taxa que ainda não cresceu mais de 40% este ano.

No longo prazo, a taxa a nove meses continuou a tocar nos 1,941% e no prazo a 12 meses a Euribor registou 2,15%, tal como na sessão de ontem.